Este trabalho teve como objetivo discutir a infância através da verificação dos pressupostos da psicologia, para compreender se o brincar é uma linguagem secreta, considerando o processo de desenvolvimento das crianças e a sua relação com o lúdico. O referencial teórico foi com autores como Vygotsky (1998), Piaget (1971), De Quadros (2017), Rolim (2008), Ariès (1981), dentre outros. A opção metodológica foi a pesquisa bibliográfica e documental, com textos acadêmicos e documentos públicos oficiais, construindo uma investigação que dialogou com os vários campos do conhecimento. Logo, os resultados obtidos apresentam que tanto a linguagem como o pensamento estão presentes na relação do brincar da criança quando atingem a capacidade de acesso a função simbólica, como agente de instrumentalizar a ação. A partir do entrecruzamento do pensamento e linguagem provendo novo comportamento, foi desvendado como o brincar está imbrincado na rede simbólica, constituindo-se, também, como uma linguagem secreta na infância.