“…Percebe-se na prática o enfermeiro muito envolvido nas intervenções de controle da tuberculose, geralmente é ele quem direciona as ações, além de assumir para si atribuições que nem sempre são de sua competência. Isso ocorre porque muitos profissionais da enfermagem desconhecem aquilo que realmente é de sua alçada, causando uma sobrecarga laboral em detrimento a um atendimento de qualidade ao paciente20,23,24 .O Sistema Único de Saúde (SUS) traz, em suas diretrizes, que a organização dos serviços deve ser pautada pelo princípio da integralidade, onde as ações e serviços devem ocorrer de maneira conjunta e articulada com vistas à prevenção e cura, direcionadas para o indivíduo e para sociedade em todos os níveis de complexidade da rede, com a finalidade de assegurar infra-estruturas contínuas e globais pelos diferentes profissionais, apresentando certa flexibilidade no tempo e espaço, de acordo com a disponibilidade tecnológica local25 . Daí é importante que cada membro da equipe conheça suas reais atribuições dentro do programa de controle da tuberculose, com a finalidade de fornecer um cuidado integral e, assim, aumentar cada vez mais a probabilidade de resolutividade de suas ações, bem como a criação de vínculos com as pessoas da comunidade, que poderão facilitar a adesão ao tratamento20,26 .Embora existam atribuições específicas do profissional enfermeiro na atenção à saúde de usuários existem incontáveis bloqueios assistenciais, tais como acúmulo de funções, inadequada qualificação e visão centralizada e fragmentada da organização das ações de controle da TB, tornando suas ações cada vez mais deficientes no que tange às reais necessidades do usuário portador da TB, fazendo com que haja um crescimento tanto nas taxas de incidências quanto nas de abandono do tratamento20 .…”