A fibromialgia é uma síndrome clínica caracterizada pela presença de dor crônica, fadiga, alterações de sono, ansiedade e depressão. O objetivo desta revisão foi atualizar os conhecimentos dietoterápicos acerca da fibromialgia. Realizou-se uma revisão integrativa, na qual foram consultadas as bases de dados Science Direct, Medline Pubmed e Scientific Electronic Library Online (Scielo) no período de julho a setembro de 2016, com os descritores fibromyalgia e nutrition, buscando artigos originais, de revisão, guias e consensos de recomendações nacionais e internacionais publicados de 2003 a 2016. A fibromialgia ocorre com maior frequência em mulheres com 35 a 60 anos, comumente com sobrepeso ou obesidade. Existem poucos estudos originais sobre nutrientes ou terapia nutricional para fibromialgia, não há recomendações nutricionais específicas. Existe relação importante com o estresse oxidativo, em que possivelmente há disfunção mitocondrial, o que tornaria benéfica a terapia com nutrientes antioxidantes, como as vitaminas C, E o β-caroteno. Há relatos da redução da vitamina E em indivíduos com fadiga e depressão. Alguns temas abordados em estudos foram o estresse oxidativo e a suplementação com coenzima Q10 (coQ10), a relação entre a composição corporal e sintomas da fibromialgia e a deficiência de vitamina D. A fadiga pode ser agravada em indivíduos com sensibilidade ao glúten não celíaca, contudo, ainda são necessários estudos que investiguem melhor essa relação. Embora não existam recomendações nutricionais específicas, esses enfermos podem beneficiar-se com dieta baseada nos princípios da nutrição saudável, rica em antioxidantes, e da redução de peso, quando houver indicação.