Este artigo, de pesquisa bibliográfica e trabalho de campo, parte da compreensão da territorialidade do sagrado em comunidades camponesas na Amazônia brasileira, como estratégia de resistência desta classe social. Salienta-se, que para além dos movimentos sociais, a resistência camponesa se assenta no território local, caracterizada por foças sociais que evidenciam politicas alimentares autônomas, controle nos processos produtivos, vínculos de sociabilidade comunitária, de parentesco e principalmente religiosos. A territorialidade do sagrado é originária da territorialidade religiosa, isto é, a constituição de espaços sagrados se dá a partir de uma orientação religiosa imposta por uma instituição religiosa, que reflete no afloramento de espaços de devoção, repletos de objetos sagrados, dentre outros.