Esse trabalho investigou o panorama dos estudos que enfocam o protagonismo de intelectuais negras nas produções científicas do campo da Educação, avaliadas como as de maior impacto mundial por uma das principais instituições de fomento e acompanhamento da produção científica brasileira. De modo específico, esse estudo teve por objetivos: compreender o alcance do tema nos principais veículos de divulgação científica; analisar a abordagem dessa questão nos estudos divulgados nesses espaços de socialização do conhecimento; e avaliar possíveis tendências e lacunas teóricas nesse campo de pesquisa para os cenários prospectivos. Do ponto de vista metodológico, essa consiste numa pesquisa de natureza qualitativa e do tipo revisão sistemática da literatura. Para isso, foram utilizados, como bases de dados, periódicos avaliados na área de Educação pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), com estrato A1, no escopo da avaliação quadrienal de 2013-2016. Foram consultados, um a um, todos os números das 69 revistas listadas com estrato A1 no portal do Web Qualis da Capes. Como resultados, verificou-se que apenas 11 periódicos haviam socializado algum estudo com foco no tema dessa investigação. Ao longo dos números publicados por esses 11 periódicos, foi possível localizar 18 estudos que lançaram luzes acerca das contribuições das mulheres negras para o campo da Educação. A partir do recurso analítico da revisão sistemática da literatura foi possível ratificar que o racismo e o machismo são estruturais dentro da sociedade capitalista e que esse é um campo latente de investigações, seja em âmbito nacional ou internacional.