A frugalidade está associada a um estilo de vida simples e sem excessos, não está necessariamente relacionada à restrição ou à falta de renda para a aquisição de bens ou serviços, sendo uma decisão voluntária do consumidor em não adquirir o que julgue desnecessário. O objetivo deste estudo é averiguar o papel moderador do autocontrole na relação entre antipatia às compras, idade, religiosidade e consumo frugal na Amazônia Legal. Para tanto, realizou-se uma pesquisa quantitativa, com mulheres residentes em Boa Vista, no Estado de Roraima, localizado na Amazônia Legal do Brasil. A coleta deu-se na segunda quinzena de setembro de 2022, de forma on-line, por meio de questionário, divulgado o link nas redes sociais. Ao todo, coletou-se e validou-se 251 respostas. As evidências indicaram que a idade e a religiosidade influenciam a intenção de consumo frugal, demonstrando relação direta negativa, e direta positiva, respectivamente. Já quanto à antipatia às compras, o resultado indicou não haver relação de influência no consumo frugal. Além disso, identificou-se que o autocontrole não potencializa a relação de antipatia e religiosidade, ambas relacionadas com a intenção de consumo frugal. Este estudo contribui por demonstrar que as consumidoras gostam de consumir, e que o autocontrole não produz efeito no consumo delas. Isso denota que a comunicação e os apelos de marketing não necessitam estar voltados aos consumidores autocontrolados, uma vez que não há moderação nas relações.