O presente artigo aborda o maracatu nação, manifestação cultural negra de Pernambuco com forte expressividade artística devido a seus aspectos sonoros e performáticos, além de significativa ligação com as religiões de matrizes africanas e afroindígenas. Trata-se de uma reflexão a respeito do contexto colonial, cenário em que o maracatu se construiu, seus processos de maior e menor visibilidade social, além do destaque de importantes momentos de sua trajetória. Para o desenvolvimento deste, realizou-se uma análise histórica da manifestação, com o objetivo de explicitar e desenvolver crítica às relações colonizadoras, etnocêntricas e ocidentalizadas, a partir das quais a manifestação se construiu no passado e se mantém até a atualidade.