As empresas familiares representam 90% das organizações brasileiras e têm grande participação na economia nacional e mundial. Elas surgiram juntamente com a constituição do Brasil, ainda no período colonial, e foram as primeiras Instituições do país. Apesar de tal relevância, as empresas familiares tendem a durar pouco, as estatísticas indicam que somente 30% das empresas familiares conseguem atravessar a barreira da segunda geração de sucessão, e apenas 5% alcançam a notável marca da terceira.. Estes dados revelam um desafio emergente para a saúde econômica brasileira, se mostrando relevante identificar os aspectos que envolvem a sucessão e possíveis causadores do insucesso a longo prazo. Assim, essa pesquisa de revisão bibliográfica teve como objetivo central compreender, através de estudos produzidos acerca do tema, a importância das empresas familiares no cenário brasileiro, bem como as principais causas de falência. Buscou-se ainda explorar sobre a importância da psicologia organizacional e do trabalho no processo sucessório e como fator de sobrevivência de empresas. Ademais, visou encontrar estratégias que possam colaborar na longevidade destas organizações. A partir dos estudos analisados, ficou evidente que os principais conflitos que atingem empresas familiares são de ordem relacional, ligados à falta de profissionalismo e resistência à modernização. Estes conflitos existem, em muitos casos, pela dificuldade em estabelecer limites nas relações entre a empresa e a família, já que os padrões comportamentais do meio familiar extrapolam as barreiras pessoais, tornando-se disfuncionais no contexto empresarial.