Este artigo apresenta como objeto de investigação a eleição de mulheres para as Câmaras Municipais, partindo da evidência que as mulheres estão sub-representadas em cargos legislativos. Especificamente, a pesquisa procurou relacionar a dificuldade das mulheres em acessar as arenas decisórias a partir de duas variáveis constantes da literatura: a magnitude dos distritos e a ideologia partidária. A partir da utilização de uma metodologia de correlação, o teste das hipóteses indicou que a magnitude não apresenta capacidade explicativa suficiente para explicar a baixa eleição de mulheres no território brasileiro. Por outro lado, o estudo procurou verificar a relação entre a eleição de mulheres e as diferenças ideológicas entre as agremiações partidárias, no entanto, os resultados apresentados não encontraram grandes variações nas eleições de mulheres em relação à dimensão ideológica das candidaturas.