Os problemas de ensino como instrumento na formação de professores de italiano

Abstract

O objetivo deste trabalho é apresentar reflexões sobre os problemas de ensino como instrumento na formação de professores de língua italiana em contexto universitário. A fundamentação teórica deste trabalho está em consonância com a proposta de inserir a reflexão como ponto crucial na formação de professores (NÓVOA, 1995; DIAMOND, 1998; SCHÖN, 2000) e com os pressupostos da Pedagogia Pós-Método no ensino de línguas (KUMARAVADIVELU, 2006).

Material Didático Virtual Livre Para O Ensino E a Aprendizagem De Italiano No Âmbito Dos Centros De Estudos De Línguas Do Estado De São Paulo: Caminhos Da Pedagogia Pós-Método

“…Na seção 4, apresentamos e discutimos a problemática do material didático no contexto dos cursos de italiano dos CEL, deflagrando a sua vocação para a utilização de materiais didáticos essencialmente personalizados e personalizáveis. Para tanto, nos fundamentamos em Peleteiro (2015) e em Pinheiro (2013). Na seção 5, caracterizamos materiais didáticos de natureza virtual e livre, discutindo a sua correlação com a pedagogia pós-método, conforme SOUZA ( 2014), e propomos esse tipo de material didático como o mais adequado para o contexto dos CEL.…”

“…Propomos, em nossa pesquisa, investigar os Problemas de Ensino (ORTALE, 2010(ORTALE, , 2011) relacionados à produção de Material Didático Virtual Livre (SOUZA, 2014) de língua italiana como língua adicional no contexto dos Centros de Estudos de Línguas (CEL) da rede pública de ensino do Estado de São Paulo, com vistas à formação de repositórios digitais online (NASCIMENTO, 2009;ABED, s.d. ), trab.…”

“…Entre os fatores reunidos por Peleteiro (2015), destacamos, por exemplo: a presença de turmas multisseriadas; a impossibilidade de compra de material didático impresso de língua italiana, seja pelo seu alto custo, seja por questões legais, relativas às políticas de compra e utilização de material didático na rede de ensino pública; a dificuldade de encontrar materiais adequados ao seu público-alvo, ou seja, em sua maioria, adolescentes e crianças, entre outros. Corrobora a identificação e o delineamento desse cenário, a proposta de produção de material didático de Pinheiro (2013) para o apoio aos cursos de italiano dos Centros de Estudos de Línguas, uma vez que sugere, como características para esse material didático, entre outras: a sua distribuição gratuita aos alunos e aos professores dos CEL; a comercialização proibida; a disponibilização de uma versão online; e a necessidade de adaptação constante desse material didático pelas equipes pedagógicas dos CEL, respeitando as particularidades de cada região do Estado de São Paulo.…”

“…Discutimos a problemática do material didático no contexto dos cursos de italiano dos Centros de Estudos de Línguas (CEL) do Estado de São Paulo, deflagrando, embasados em Peleteiro (2015) e em Pinheiro (2013), a sua vocação para a utilização de materiais didáticos essencialmente personalizados e personalizáveis. Frente a essa questão, caracterizamos materiais didáticos de natureza virtual e livre, discutindo a sua correlação com a pedagogia pós-método, e propomos os materiais didáticos dessa natureza como os mais adequados para o contexto dos CEL, uma vez que são, essencialmente, personalizáveis (SOUZA, 2014).…”

Luz, câmera, didatização: proposta de exploração didática de um longa-metragem para o ensino de italiano como língua estrangeira na perspectiva pós-método

“…Para isso, acionamos as considerações de Paolo Balboni (1999Balboni ( , 2002Balboni ( [1998), Kumaravadivelu (2003Kumaravadivelu ( , 2008 e Pierangela Diadori (2011) sobre os aspectos das técnicas didáticas em geral, mas também sobre uma discussão específica que procura diferenciar os conceitos de atividades, exercícios e tarefas, presente em José Carlos Paes de Almeida Filho e Rita C. Barbirato 2000, Sebastian Piotrowski (2010), Martina Cédlová (2013), Nandhi Prabhu (1987), David Nunan (2001), Jane Willis (1996), Henry Widdowson (1998), Rod Ellis (2003) e Jack Richards (2006), no Projeto GLOSSA (2008) Ao didatizar um input autêntico o professor assume um papel ativo, no qual desenvolve sua lucidez teórica, cuja conduta não se limita à execução de indicações dadas por outros, mas assume uma atitude de constante pesquisador. Em termos teóricos, essa postura é compartilhada por estudiosos como António Nóvoa (1991), com o conceito de professor autônomo, Leo Van Lier (1997,2010) e Ian Tudor (2003), com a perspectiva ecológica, Henry Giroux (1997), com a concepção do professor como intelectual, Dick Allwright (2003, com a exploração didática, além de Kumaravadivelu (2003Kumaravadivelu ( , 2008, com o parâmetro da praticabilidade e Fernanda Ortale (2010Ortale ( , 2011, que trata da formação de professores. Em termos práticos, trata-se de uma "guerrilha didática" (TEZZA, 2002) ao se assumir um papel emancipado da atividade pedagógica que configura uma atualização contínua e um olhar concreto para alunos reais em um contexto real de ensino, a despeito das dificuldades que o cotidiano docente apresenta.…”