2018
DOI: 10.11606/issn.2179-0892.geousp.2017.123788
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Os territórios da mineração sob a lógica da acumulação financeira no capitalismo contemporâneo

Abstract: Os territórios da mineração são espaços utilizados pela indústria extrativa mineral, que tem um significativo protagonismo no processo de acumulação de capital. Tomando como referência a geodiversidade brasileira na mineração, este artigo busca atualizar e aprofundar o debate sobre os processos que comandam esses territórios incorporados à lógica financeira do capitalismo contemporâneo. A pesquisa empregou dados secundários e revisão bibliográfica. O artigo mostra que está cada vez mais distante do poder públi… Show more

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“…A cadeia produtiva da mineração de ferro e a dimensão de sua capacidade de expropriação está relacionada com o poder de atuação das corporações nas localidades e com as reconfigurações territoriais que a dinâmica globalizada do capital tende a produzir nesses espaços. Essa dimensão da expropriação vincula-se à desintegração produtiva dos espaços locais, reconfigurando os "territórios da mineração" como fragmentos economicamente subordinados e dependes das cadeias mundiais de valor (LAMOSO, 2017). A dimensão econômica da expropriação está estritamente conectada com as mudanças legais e institucionais das políticas neoliberais e que operam na transferência de recursos financeiros das regiões periféricas para os centros de poder econômicos mundial (ARÁOZ, 2010).…”
Section: Estado E Economia No Quadro Da Mundialização Capitalista: Os...unclassified
“…A cadeia produtiva da mineração de ferro e a dimensão de sua capacidade de expropriação está relacionada com o poder de atuação das corporações nas localidades e com as reconfigurações territoriais que a dinâmica globalizada do capital tende a produzir nesses espaços. Essa dimensão da expropriação vincula-se à desintegração produtiva dos espaços locais, reconfigurando os "territórios da mineração" como fragmentos economicamente subordinados e dependes das cadeias mundiais de valor (LAMOSO, 2017). A dimensão econômica da expropriação está estritamente conectada com as mudanças legais e institucionais das políticas neoliberais e que operam na transferência de recursos financeiros das regiões periféricas para os centros de poder econômicos mundial (ARÁOZ, 2010).…”
Section: Estado E Economia No Quadro Da Mundialização Capitalista: Os...unclassified
“…A mineração é uma atividade que consiste nos processos de pesquisa, exploração, extração e beneficiamento de minérios. Segundo Lamoso (2017), no território brasileiro, há uma distribuição geográfica diversificada, além de uma farta ocorrência de jazidas minerais, como ferro, caulim, bauxita, cobre e ouro, entre as quais se destacam as jazidas do Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais, há regiões nas quais a exploração mineral assume um protagonismo na produção do espaço econômico porque se torna uma atividade que mobiliza a força de trabalho, geração de renda, demanda pela implantação de infraestrutura material e imaterial, forma redes de poder político e econômico, cria e recria fluxos migratórios, gerando consumo de energia e recursos naturais, estabelece uma nova ordem na logística e nos preços das mercadorias e serviços, além de adensar e acelerar a formação de núcleos urbanos que lhe oferecem suporte.…”
Section: Introductionunclassified
“…A chegada de um grande empreendimento industrial a uma região de forte tradição rural altera de forma brutal as formas de existência, tanto ao tornar o governo subnacional como refém dos benefícios que a empresa traz, especialmente no que se refere ao nível de emprego e renda, como por construir uma noção de dependência dos sujeitos. Estes passam a não ver alternativa a não ser abandonar sua forma de vida anterior, para ingressar inadvertidamente naquilo que lhes é apontado como o único caminho, o do "progresso" Lamoso, 2017;Zhouri, 2018). Isso já aconteceu mais de meio século atrás em Itabira, também em Minas Gerais, e foi objeto de estudos diversos, que demonstraram que progresso econômico, principalmente no setor de mineração, não rima automaticamente com justiça social (Rezende, 2016).…”
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