É comum ouvir-se dizer que países regionalizados apresentam níveis de desenvolvimento económico social superiores aos dos países não regionalizados ou centralizados. Quando em Portugal se fala novamente da regionalização do país, é importante aprender com outras experiências de regionalização, como Espanha, que iniciou o seu processo de regionalização em 1978. É esse o grande objetivo deste trabalho. Nesse sentido, começamos por fazer uma revisão da literatura internacional dedicada ao tema geral, enquadrando o assunto nas suas várias dimensões. Fazemos em seguida o mesmo para o caso específico espanhol. Feito isto, extraímos as conclusões finais, que não são absolutas ou indiscutíveis, porquanto ao longo do processo histórico-evolutivo se registaram alguns sobressaltos ou crises (como a do subprime de 2008, mais tarde bancária e até geral, e a crise da COVID-19, ainda presente). As leituras referidas e alguns indicadores económicos e sociais consultados sugerem um saldo positivo, apesar de alguma literatura especializada e indicadores poderem apontar noutra direção ou serem pouco conclusivos. Assim, ponderados os benefícios e os malefícios da regionalização, parece que os primeiros superam os segundos, valendo por isso a pena prosseguir o mesmo processo de regionalização em Portugal e, pelo menos, o seu debate.