RESUMO -Uma alternativa a combustíveis derivados de petróleo é o biodiesel, este apresenta como vantagens menor emissão de poluentes e biodegrabilidade. Porém, um dos principais problemas técnicos enfrentados pelo biodiesel é a sua suscetibilidade à oxidação. O processo de hidrogenação catalítica pode ser aplicado com a finalidade de melhorar a estabilidade oxidativa do biodiesel, produzindo um combustível de propriedades otimizadas. Com o propósito de melhorar a estabilidade frente à oxidação, este trabalho tem como finalidade apresentar o estudo da reação de hidrogenação catalítica do biodiesel. Para isso foram realizadas reações em diferentes condições de pressão e quantidade de catalisador, utilizando para tal, um catalisador à base de cobre. A fim de caracterizar os produtos, estes foram analisados quanto à estabilidade oxidativa à 110°C, índice de iodo e viscosidade. Os resultados indicam que a hidrogenação do biodiesel nas condições experimentais exploradas não favoreceu uma melhora significativa na sua estabilidade oxidativa.
INTRODUÇÃOA utilização de óleos vegetais como combustíveis foi sugerida pela primeira vez em 1900, por Rudolf Diesel (1853-1913, inventor do motor a diesel. Contudo, em razão dos baixos custos e da disponibilidade de petróleo, o diesel mineral foi adotado como o principal combustível para utilização nos motores (Pousa et al., 2007). O uso de óleos vegetais como alternativa de fatores limitantes, como alta viscosidade, combustão incompleta e baixa volatilidade que resulta na formação de depósitos nos injetores de combustível das máquinas. Para superá-los, os triacilgliceróis devem ser manipulados de maneira a tornarem-se compatíveis com as máquinas existentes (Geris et al., 2007). O biodiesel é vantajoso pelo fato de poder ser produzido a partir de uma grande variedade de matérias-primas, e dependendo da matéria prima utilizada pode apresentar qualidades diferentes.O processo oxidativo sofrido pelo biodiesel, dificulta a armazenagem do combustível. Alguns fatores que contribuem diretamente para essa degradação são: luz, temperatura, ação do ar, umidade e presença de metais catalíticos (Russo, 2013). Um dos motivos da sua instabilidade oxidativa é o alto teor de cadeias alquílicas poli-insaturadas. Essas poli-insaturações aceleram a autoxidação devido à presença de posições alílicas e dialílicas em suas cadeias carbônicas, que estabilizam para equipamentos a diesel é considerado insatisfatório e impraticável, por apresentar uma série o intermediário radicalar. (Carvalho, 2008).