Este artigo é fruto da pesquisa de mestrado de um dos autores e visa apontar os maestros arranjadores das rádios e gravadoras como peças-chave na produção fonográfica entre as décadas de 1940 e 1950, no Brasil. Verifica-se o protagonismo de Radamés Gnattali no cenário da época, seguido de outros nomes como Guerra-Peixe, Lyrio Panicalli, Leo Peracchi, Nicolino Coppia, Osvaldo Borba, Guaraná e Enrico Simonetti. Estes maestros estão relacionados à criação de um gosto estético no processo de composição dos arranjos e orquestrações das canções, o que terá implicações nas performances artísticas. Este texto aponta dados sobre a produtividade destes profissionais da música e sua relação estreita com o trabalho de alguns intérpretes. Para se chegar a estes resultados foram consultadas pesquisas feitas nos acervos da Rádio Nacional e Rádio Record, listas de canções de sucesso – hit parades, capas de disco e notas de imprensa. Conclui-se que o trabalho destes músicos acabou por formular um panorama estético-midiático na paisagem sonora do período.