Panorama da Participação Feminina em Competições de Programação Promovida por Instituição de Ensino Superior da Região Norte

Abstract

Este artigo apresenta o impacto da realização de eventos científicos locais como um método para aumentar o interesse dos alunos em competições de programação. Analisando um breve histórico da participação feminina nestas competições, este trabalho discute as razões relacionadas à baixa representação da mulher neste segmento, um problema que está além das fronteiras locais, seguindo uma tendência mundial, e apresenta algumas ações tomadas para mudar esse cenário em uma universidade particular de Manaus.

Uma Iniciativa para Aumentar a Participação Feminina nas Competições de Programação: um Relato de Experiência

“…A participação feminina em competições de programação, embora venha apresentando números crescentes, aindaé uma porcentagem pequena quando comparada a participação geral, masculina e feminina. Isso se deve, em grande parte, por ser umá area em que a presença masculinaé historicamente mais predominante, comoé discutido em [Pessoa et al 2017a]. No entanto, há diversas iniciativas com o propósito de mudar esse cenário.…”

“…No entanto, há diversas iniciativas com o propósito de mudar esse cenário. Essas iniciativas têm como objetivos: (1) aumentar a participação feminina em competições de programação [Freitas et al 2016b, Pessoa et al 2017a, Bastos et al 2017 ; (2) atrair meninas para os cursos de computação [Molnar et al 2021, Maciel andBim 2016]; e (3) evitar a evasão de meninas iniciantes em programação [Franzoia et al 2019].…”

“…Com o objetivo de aumentar o interesse dos(as) alunos(as) nas maratonas de programação, [Pessoa et al 2017a] propuseram uma metodologia para a inclusão de alunas por meio de palestras e o treinamento destas por meio de atividades de programação. Com o mesmo objetivo, [Bastos et al 2017] propuseram uma metodologia dividida em quatro partes: obter a atenção das alunas em programação, treinar as habilidades de programação dessas meninas, desenvolver suas habilidades de programação, e finalmente, identificar as deficiências individuais de cada uma.…”

Mentorando meninas iniciantes em programação: um estudo de caso

“…Historicamente a área de Computação foi impulsionada por mulheres, desde o primeiro algoritmo, por Ada Lovelace, até Carol Shaw, a primeira desenvolvedora de jogos de computadores. Porém, ao longo dos anos é perceptível a diminuição da participação feminina tanto nos cursos superiores relacionados à área de Computação (Pessoa et al, 2017), quanto no mercado de trabalho. Em 2010, aproximadamente 520.000 profissionais atuavam em atividades relacionadas à tecnologia da informação, desse total, apenas 25% eram mulheres (IBGE, 2010).…”