Introdução: A reabilitação com implantes ainda apresenta algumas limitações, principalmente devido a reabsorção óssea que ocorre no rebordo ósseo após a perda dental. Apesar de uma base de conhecimento crescente em torno do uso de implantes curtos em áreas de rebordos atróficos atróficas, o tratamento de tais condições permanece um desafio clínico. O objetivo deste estudo foi avaliar o conhecimento sobre implantes curtos e seu uso entre especialistas em implantodontia brasileiros. Métodos: Implantodontistas responderam um questionário on-line com 16 questões de múltipla escolha relativas à experiência profissional, critérios de indicação do uso de implantes curtos, dados de sucesso/insucesso e a abordagem utilizada para realização dos implantes. Os itens foram computados em porcentagens. O teste qui-quadrado foi utilizado para avaliar se havia diferença nas respostas dos implantodontistas de acordo com a experiência profissional. As análises estatísticas foram realizadas usando SPSS versão 20.0 Resultados: Dentre os 95 implantodontistas que participaram, a maioria (71,6%) tem mais que 2 anos de experiência, 86,3% realizam instalação de implantes curtos e 69,5% classificam os implantes como curtos aqueles menores que 6mm. Dentre as indicações a maior razão apresentada é evitar cirurgias de lateralização do nervo alveolar inferior (94%), sendo que 93,7% indicaria em casos múltiplos, e 73,7% não indicaria nos casos de overdentures. Entre os implantodontistas com menor experiência apenas 33% indicariam em casos de protocolo, comparados com 69% dos com mais de 2 anos de experiência. 62,1% consideram a carga ao longo do eixo como potencial de falha. A maioria (69,5%) usa implantes curtos tanto para a mandíbula quanto para a maxila e 45% indicam para todo os quatro tipos de ossos. 58,9% utilizam a mesma técnica dos implantes convencionais e 49,5% utilizam a técnica de esplintagem. Para os com mais de 2 anos de experiencia a indicação da esplintagem sobe para 57% enquanto apenas 30% dos implantodontistas com menor experiência indicam a técnica. Por fim, 56% dos implantodontistas julgam a taxa de sucesso dos implantes curtos iguais as taxas de implantes convencionais. Conclusão: Este estudo evidenciou que a maioria dos implantodontistas incluídos na amostra do estudo apresentam conhecimentos quanto aos implantes curtos e as técnicas de instalação. Entretanto ainda existem preocupações quanto a divergências nas respostas sobre tamanho, tipos de ossos e indicações do uso de implantes curtos.