“…No domínio da construção teórica, poder-se-á dizer que, nas últimas duas décadas, a literatura no domínio da avaliação das e para as aprendizagens tem sido orientada por alguns propósitos fundamentais, ou questões críticas, tais como: a) desenvolver e consolidar uma teoria da avaliação pedagógica, muito particularmente da avaliação para as aprendizagens e das aprendizagens (e.g., BLACK;WILLIAM, 2006b;BERLAK, 1992;FERNANDES, 2008); b) descrever, analisar e interpretar práticas reais de ensino e avaliação, ou seja, as que se desenvolvem em salas de aula reais, com professores e alunos reais (e.g., BLACK; WILLIAM, 2006a; STIGGINS; CONKLIN, 1992); c) articular e integrar os processos de aprendizagem, avaliação e ensino (JAMES, 2006;FERNANDES, 2011); e d) compreender as relações entre a avaliação para as aprendizagens e a avaliação das aprendizagens (e.g., HARLEN, 2006). Apesar de Carolyn Gipps, ainda nos anos 1990, ter publicado um livro com marcadas preocupações de construção teórica (GIPPS, 1994), foi após o referido artigo de Black e William (1998) que houve um claro incremento de trabalhos com essas preocupações por parte de autores do Reino Unido, como Gardner (2006aGardner ( , 2006b) e Harlen (2005Harlen ( , 2006 ou dos Estados Unidos, como Berlak (1992), os quais, entre outros importantes desenvolvimentos, aprofundaram os conceitos de avaliação formativa e de avaliação sumativa e as relações entre eles.…”