“…A análise realizada por Miranda (2006) ressalta a característica da obra de Aquino de explorar mais do que apenas as consequências geradas pela violência, como em parte significativa da produção cultural brasileira, se dedicando a suas causas, sinalizando, ainda, a transformação das regras sociais em opressões, o que nos remete a ver a violência, não como distúrbio, mas como regra. Em Aquino, essa regra não se impõe pela constância, como aparece costumeiramente em análises sobre violência em uma perspectiva mais tradicional, já que a violência não vira regra apenas porque se tornou rotineira e presente na vida das pessoas de modo mais explícito, mas, sim, porque faz parte do próprio modo de organização social moderna, no Brasil, desde a colonização, com a escravidão, base das relações de exploração, que estavam no alicerce do sistema de acumulação capitalista.…”