Introdução. A paraparesia espástica, doença causada pelo HTLV-1, é considerada uma complicação grave e incapacitante para o paciente infectado, caracterizando-se como uma doença crônica e progressiva que gera sobretudo um processo inflamatório a nível medular e um enorme impacto no ambiente social da pessoa. Objetivos. Discutir as possibilidades terapêuticas atuais disponíveis para paraparesia espástica tropical em adultos. Método. Revisão sistemática de artigos publicados na plataforma PubMed entre 2015 e 2020. Resultados. Enose-Akahata et al, 2019, relatou que não houve eficácia clínica com o tratamento com Hu-Mik beta 1, apesar de não ter havido progressão da doença durante o tratamento. Sato et al, 2018, demonstrou que o uso de mogamulizumab, diminuiu o número de células infectadas pelo HTLV-1 e os níveis de marcadores inflamatórios, mas os efeitos clínicos precisam ser esclarecidos em pesquisas futuras. Nobre et al, 2018, determinou a diversidade genética do HTLV-1, observando uma taxa de variação baixa em comparação com demais vírus, como o da gripe e da varíola. Matsuo et al, 2018, nota que houve melhora sintomatológica após o tratamento com prosultiamina oral nos pacientes com bexiga hiperativa. Conclusão. Dessa forma, não há tratamento específico e totalmente eficaz, havendo a necessidade de associação de fármacos.