Participação dos pais na tomada de decisões no atendimento odontológico de seus filhos

Abstract

Introdução: Segundo o Código de Ética Odontológica, é considerada infração o atendimento de pacientes infantis sem o consentimento dos pais ou responsáveis, salvo em situações de urgência. No tratamento odontopediátrico, é indispensável o esclarecimento dos pais em relação aos procedimentos a que seus filhos serão submetidos, as opções de tratamento existentes e seus custos, para que eles possam emitir um consentimento realmente esclarecido. O objetivo deste estudo é analisar se e de que forma os pais participam da tomada de decisões no atendimento odontológico de seus filhos. Para tanto, realizou-se uma pesquisa, utilizando-se um questionário, junto a 122 pais, cujos filhos tinham idades entre 0 e 6 anos e encontravamse matriculados em uma escola pública no município de Florianópolis. Verificou-se que 70,2% dos pais autorizaram o tratamento de seus filhos de forma verbal, apenas 5,3% deles assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e 61,6% não receberam opções de tratamento. Concluiu-se que a postura paternalista do profissional, tem imperado também nos consultórios odontopediátricos, onde as decisões deveriam ser compartilhadas com os responsáveis legais pela criança.

Conduta terapêutica frente ao atendimento odontológico de diferentes faixas etárias: revisão de literatura

“…Para Silveira, Martins, Zuanon (2021) e Lopes (2018), uma das maiores influências da odontopediatria durante a idade neonatal, é auxiliar no processo de amamentação, pois é comum identificar a dificuldade para realização da amamentação do bebê, muitas vezes este fator associa-se com a inserção curta do frênulo, tornando assim a criança um respirador bucal, que possui dificuldade em "pegar" a mama de forma adequada, tornando o processo de amamentação doloroso para a mãe e também para o bebê, sendo otimizado através do procedimento de frenotomia realizado pelo Cirurgião Dentista. É importante salientar segundo Machado et al (2017) e Ifanger (2018 que o contato com a Odontologia durante a infância é determinante para a qualidade da saúde oral dessa criança como individuo em fase adulta, deste modo o profissional deve conhecer as técnicas de manejo para atendimento odontopediatrico, tornando as idas ao consultório odontológica uma rotina prazerosa.…”

Odontopediatras e técnicas aversivas no controle do comportamento infantil

“…No entanto, 33,4% dos odontopediátras consideraram a abordagem das técnicas aversivas insuficiente/ inexistente durante a graduação ou pós-graduação, o que pode repercutir na aplicação inadequada da técnica. Diante disso, a educação continuada sobre o gerenciamento do comportamento infantil pode representar uma estratégia eficiente, visto que os conhecimentos éticos e práticos da técnica influenciam o êxito do atendimento clínico na Odontopediatria 8,27 . A contenção de braços, pernas e cabeça sem dispositivos específicos foi a técnica aversiva mais utilizada entre os odontopediatras (53,6%).…”

“…Não solicitar a autorização infringe o Código de Ética Odontológica e desampara legalmente os odontopediatras em casos de intercorrências 14 . Machado et al 27 , encontraram resultados semelhantes, de forma que a autorização verbal correspondeu a 70,2%, enquanto a assinatura do termo de consentimento representou 5,3%.…”

Reabilitação oral com prótese total em pacientes infantis com displasia ectodérmica – relato de caso clínico

“…Deve-se motivar o núcleo familiar para a atenção odontológica nos primeiros anos de vida da criança, período em que se iniciam os padrões alimentares e os hábitos de higiene bucal. A família é considerada aliada na distribuição dos cuidados bucais, portanto é importante incentivá-la a buscar sempre o tratamento precoce e preventivo [11].…”