Este artigo discute sobre modelos de agrupamento melódico, compreendendo a implicação de cada um deles para a performance musical e partindo da própria performance como uma produtora de questões e conclusões para essa reflexão. Isso porque a necessidade de se conectar sons no discurso musical e, portanto, de separá-los, é uma inevitável consequência, por um lado, da limitação dos meios instrumentais e vocais e, por outro, da própria disposição da música no tempo. Para tanto, serão analisadas peças curtas dos compositores György Kurtág (Az hit..., 1963/2007), B. A. Zimmermann (4 Pequenos estudos, 1970) e Silvio Ferraz (Partita-passagem, 2019), de maneira a apresentar uma visão ampla e, ainda assim, objetiva de novas demandas de agrupamento temporal.