A crise em saúde mental trata-se de uma condição complexa, que necessita de uma assistência eficiente e humanizada, concebida como uma expressão que envolve a capacidade subjetiva do sujeito em responder a situações desencadeantes em qualquer momento da vida. Esse estudo teve como objetivo consolidar evidências científicas que discutam a respeito da assistência de enfermagem ofertada no atendimento à pessoa em crise psíquica. Trata-se de um estudo bibliográfico, tipo revisão integrativa, a partir de estudos primários, descritivos, exploratórios e de abordagem qualitativa e quantitativa, por meio da análise de artigos científicos e teses, disponíveis em base de dados eletrônicos de acesso livre. Os artigos selecionados para a composição da amostra foram codificados, para então, prosseguirmos com a sintetização dos resultados, agrupados em duas categorias principais, a saber: Lógica biomédica dos fenômenos psíquicos (práticas mecanicistas) e produção de vínculo, autonomia e a corresponsabilização como estratégia de cuidado. A atuação da enfermagem é permeada por limites e desafios, resultantes de um processo de trabalho conturbado e as evidências científicas no atendimento à crise psíquica reafirmam a permanência do modelo biomédico hegemônico, abordando assim de maneira reducionista os demais aspectos primordiais da assistência, pautados pela Reforma Psiquiátrica. Percebe-se, com este estudo, o quanto é valioso discutir sobre crise, produção de singularidades e principalmente, sobre as práticas de enfermagem na atenção à pessoa na crise.