Introdução: a análise espacial tem sido utilizada pela vigilância epidemiológica como estratégia para identificação de espaços urbanos sob maior risco de doenças. Nesse contexto, as ferramentas da informática em saúde podem auxiliar para a compreensão dos fenômenos envolvidos na difusão da dengue nos espaços de aglomeração populacional, elucidando questões relativas aos movimentos espaciais de sua ocorrência e subsidiando o delineamento de programas de combate a seu principal vetor. Objetivo: sintetizar e discutir as informações mais relevantes produzidas pelos estudos de análise espacial de dengue, as quais vêm contribuindo para ampliar o entendimento de sua dinâmica de transmissão, no propósito da aplicação na prática da vigilância epidemiológica. Método: trata-se de uma pesquisa de revisão integrativa de literatura, realizada com publicações de 1945 a 2017, na Web of Science sobre dengue, com uso dos descritores e operadores “Spatial Analysis” AND “Dengue” AND “Urban Area”. Resultados: foram selecionados 35 artigos. O perfil das produções permitiu a identificação de sete assuntos mais abordados: mobilidade urbana, densidade populacional, fatores sociodemográficos, disponibilidade de água, temperatura, vegetação e urbanização. Considerações finais: a análise espacial, por meio dos Sistemas de Informação Geográfica, é uma ferramenta muito útil para o estudo das dinâmicas de transmissão da dengue, pois possibilita o conhecimento de áreas, períodos e fatores sociais e ambientais de maior risco, a fim de produzir alertas para os serviços de saúde