“…Apesar do conhecimento atual, profissionais de saúde que atuam em unidades neonatais não têm adotado, com a frequência esperada, medidas de alívio de dor na realização de procedimentos invasivos de rotina, sejam farmacológicas ou não (Hall, 2012;Linhares et al, 2012Linhares et al, , 2014. A não adesão desses profissionais às medidas de manejo de dor pode estar relacionada às seguintes variáveis: (a) falta de informação sobre avaliação e consequências da dor no neonato (Aymar, Lima, Santos, Moreno, & Coutinho, 2014); (b) crenças sobre a falta de capacidade do RNPT para demonstrar comportamentos que expressam dor e sua sensibilidade aos procedimentos invasivos dolorosos (Anand, Stevens, & McGrath, 2007;Martins, Dias, Paula, & Enumo, 2013a;Ramos, Enumo, Paula, & Vicente, 2010); (c) cultura e clima organizacional caracterizados, por exemplo, pela falta de colaboração entre os profissionais na tomada de decisão sobre manejo de dor, limitação à autonomia profissional, entre outros (Martins, Cruzeiro, Paula, & Enumo, 2013b;Stevens et al, 2011a); (d) estressores do ambiente e da rotina, os quais repercutem diretamente na qualidade do cuidado neonatal, dificultando a adoção de medidas adequadas no alívio da dor (Theme Filha, Costa, & Guilam, 2013); e (e) estratégias de enfrentamento ou coping do profissional da UTIN, reconhecidos como ações ou reavaliações cognitivas (controle, esquiva ou manejo), que interagem com os estressores e afetam saúde e desempenho no trabalho (Silva & Marcolan, 2015).…”