Tecidos biológicos de origem animal, como pele de porco, pele de rã, pericárdio bovino e submucosa intestinal de porco têm sido utilizados em curativos biooclusivos (xenotransplantes) para queimaduras. O presente estudo objetivou analisar a utilização da terapia com xenoenxerto no tratamento de queimaduras. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, na qual se formulou a seguinte questão clínica: “Quais as evidências científicas acerca da utilização da terapia com xenoenxerto na reparação tecidual de pacientes vítimas de queimaduras?”. Foram consultadas bases de dados PubMed, Bireme e CINAHL. Utilizaram-se estudos disponíveis em sua totalidade, publicados nos anos de 2016 até 2021, nos idiomas Português, Espanhol e Inglês. Oito estudos foram incluídos nesta revisão. Os estudos abordaram as características da utilização de xenoenxerto como curativo biológico na terapia em pacientes queimados quanto sexo, tipo de queimadura, grau de queimadura, porcentagem da área acometida, tipo de curativo biológico, indicação, tempo de intervenção e evolução dos casos. Os resultados concluem que o uso de xenotransplantes tem se mostrado eficaz na diminuição de algias, diminuição da internação hospitalar, reepitelização mais rápida, menor trocas de curativos, menor custo benefício, diminuição de infecções. O estudo permitiu uma avaliação do tratamento de queimaduras por meio da terapia com curativo heterólogo, concluindo que ele é eficaz, além disso, concluiu-se que o curativo com pele de tilápia do Nilo teve resultados estatisticamente mais significativos, quando comparado a todas intervenções, incluindo com curativo biológico porcino.