Objetivo: Avaliar os fatores associados à qualidade de vida relacionada à saúde em adolescentes escolares durante a pandemia de COVID-19. Método: Estudo transversal, realizado com 87 adolescentes de escola municipal de uma cidade do centro-oeste mineiro. Escala KIDSCREEN 52 foi utilizada para avaliar a Qualidade de Vida Relacionada à Saúde. Foram obtidos peso e altura autorrelatados, nível socioeconômico, consumo alimentar e nível de atividade física. Regressão linear múltipla foi realizada. Os dados foram analisados pelo programa estatístico Statistical Package for Social Sciences versão 21.0. Resultados: A prevalência de excesso de peso foi 32,2% e 56,9% dos adolescentes consumiram de três a cinco tipos de alimentos processados e/ou ultraprocessados no dia anterior à entrevista. Um percentual de 17,2% dos participantes foi classificado como sedentário e insuficiemente ativo e participantes da classe social C 1 obtiveram maiores medianas no domínio autopercepção corporal. Maiores medianas do domínio estado emocional foram evidenciadas em adolescentes do sexo feminino e aqueles que consumiam alimentos processados e ultraprocessados. Os meninos apresentaram maiores medianas nos domínios saúde e atividade física, sentimentos e amigos e apoio social. A análise multivariada apontou que o aumento da idade e do índice de massa corporal (IMC) associou-se à diminuição da qualidade de vida relacionada à saúde global. Conclusão: Os resultados mostram a importância do aprimoramento de políticas públicas voltadas para a qualidade de vida dos adolescentes com foco na promoção da alimentação saudável e estímulo à atividade física, em especial, durante a pandemia de COVID-19.