Percepção da importância do uso de atividades experimentais na aprendizagem de química de um grupo de estudantes concluintes do ensino médio em uma escola pública em Tefé/AM

Abstract

Este trabalho teve como objetivo verificar a percepção de alunos do 3° do ensino médio de uma escola pública em Tefé/AM sobre como atividades diferenciadas, na forma de aulas experimentais, poderiam facilitar sua aprendizagem de Química. Para tal, um questionário foi aplicado aos alunos, assim como uma entrevista oral ao professor da disciplina. Os resultados revelaram que, apesar de terem dificuldades com cálculos químicos, 72% dos alunos gostam da disciplina. Além disso, professor e alunos concordam sobre a importância de aulas experimentais no seu aprendizado. Embora a escola possua biblioteca e computadores com acesso à internet, tais recursos raramente eram utilizados, sendo a justificativa dos alunos desse turno (noturno) o cansaço físico e o horário reduzido na escola. O conhecimento era transmitido pela via oral e escrita, sendo o livro didático a principal fonte adotada. Recursos didáticos audiovisuais não eram disponibilizados. Apenas 3% dos alunos relataram ter participado de alguma atividade prática, o que sugere uma exploração ainda superficial dessa metodologia. Contudo, 66% indicaram o uso de aulas práticas como facilitador do aprendizado de Química. Tais resultados, conjuntamente, indicam ser necessário uma reflexão do docente sobre sua prática pedagógica no sentido de adoção de melhorias na metodologia de ensino aplicada.

O ensino de química ambiental: A experimentação como potencializadora da aprendizagem significativa sobre a temática poluição atmosférica

“…No processo de ensino e aprendizagem de Química, é necessário ponderar sobre como os conteúdos estão sendo aplicados em sala de aula, pois os seus fenômenos muitas vezes estão em um universo micro. No entanto, explorar diferentes abordagens podem tornar esses assuntos mais compreensíveis e favorecer a aprendizagem significativa, uma vez que ambos contemplam atividades múltiplas com a participação ativa do estudante e o professor passa a ser apenas um mediador do processo (De Jesus Silva & Da Silva Egas, 2022;Fernandes, 2013;Rocha & Farias, 2022;Da Silva & Sales, 2018).…”

“…Em contraponto, as aulas de Química Ambiental com um caráter teórico acabam não criando um espaço de reflexão, questionamento ou mesmo que faça com que o estudante se sinta no contexto. Para tanto, quando tratamos da poluição atmosférica isso pode ficar ainda mais evidente visto que os fenômenos muitas vezes não são de fácil percepção, o que requer um maior grau de abstração, é neste sentido que as atividades experimentais podem corroborar como o aprendizado efetivo, pois ao se colocarem no processo investigativo, anteriormente intangível, os estudantes conseguirão dar significado ao conhecimento adquirido (De Jesus Silva & Da Silva Egas, 2022;Guimarães, 2009;Menezes & Farias, 2020;De Oliveira, 2010;Dos Santos & De Meneses, 2020;Da Silva & Sales, 2018;Da Silva, 2020).…”

Ocorrência de microplásticos na orla do rio Javari, em Benjamin Constant, interior do Amazonas, Brasil

“…Isso porque, seja na universidade ou na escola, a pesquisa "é um dos pilares do processo de construção de saberes, e contribui para o avanço da ciência e para o desenvolvimento social" (Lima, 2023, p. 10). Assim como aulas experimentais são fundamentais no Ensino de Química (Silva et al, 2021;De Jesus Silva & Da Silva Egas, 2022), a pesquisa também o é, pois ela fortalece a relação entre a teoria e a prática, resultando na melhoria da formação escolar e profissional dos estudantes. Nesse sentido, a iniciação científica (IC), que é uma das formas de se fazer pesquisa no meio escolar, "coloca-se como uma possibilidade pedagógica de inserir a investigação no contexto escolar" (Lima, 2023, p. 12), fortalecendo o protagonismo dos aprendizes na produção de seu próprio conhecimento.…”

Cromatografia em Papel como uma Técnica de Ensino e Aprendizagem em Aulas de Química do Ensino Básico por meio do uso de Materiais Alternativos

“…A utilização de novas metodologias para o ensino das ciências vem sendo estudada e implementada nas últimas décadas com o intuito de atrair a atenção dos alunos que se sentem desestimulados com os estudos. Segundo Silva (2022), o ensino de Química pode ser facilitado quando a teoria e a prática são correlacionadas, tornando o ensino mais significativo para o estudante. O uso da experimentação, de acordo com Silva (2016), tem grande importância no desenvolvimento de propostas de metodologia científica, fundamentando-se na racionalização, na indução e na dedução, quando no século XVII, rompe-se a ideia de que o homem e a natureza têm relação com o divino.…”