“…Dando um passo a mais, escolas médicas de vários países têm reconhecido que, para alcançar a experiência humanizadora, bem como as competências técnicas e relacionais almejadas, apenas a prática profissional não é suficiente (Guardiola & Baños, 2017;Launer, 2018;Silva, Sakamoto & Gallian, 2014). Nesse sentido, multiplicam-se iniciativas que buscam recuperar o valor da cultura humanística na formação médica, entendida como o substrato de uma educação ética e estética para o amadurecimento da reflexão crítica, capacidade de observação, expressão emocional, desenvolvimento comunicacional, posicionamento ético (Almeida, 2018;De Marco & Degiovani, 2013;Elder & Tobias, 2006;Launer, 2018;Workshop soft skills in medical education…, 2017) Dentre as iniciativas brasileiras, destacamos projetos de ensino, pesquisa e extensão que dialogam com o universo da cultura e das artes por meio do cinema (Arantes, Carvalho & Ribeiro, 2015;Blasco, 2002), da literatura (Sakamoto & Gallian, 2016), da dramatização (De Marco et al, 2010;Pereira et al, 2016), dos programas de rádio (Silva et al, 2018), da palhaçaria (Rosevics et al, 2014). Investigações recentes atestam como a valorização da cultura humanística tem consolidado a crítica ao modelo estritamente biomédico ao apresentar alternativas que tanto ampliam a visão de mundo e a compreensão de experiências de vida, quanto desenvolvem competências comunicacionais, relacionais, emocionais e também técnicas dos estudantes (Almeida, 2018;Cavalcante et al, 2014;Pereira et al, 2016;Sousa, Gallian & Maciel, 2012).…”