Percepção de escolares sobre o cirurgião-dentista: análise antes e depois de práticas educativas

Abstract

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Como a Criança Percebe o Cirurgião-Dentista: um Estudo por meio do Desenho

“…A visão negativa sobre o cirurgião-dentista acaba por distanciar os indivíduos do tratamento odontológico, dessa forma o conceito de saúde integral fica prejudicado. No entanto, estudos mais recentes, como o de Barbosa et al (2015) e Frauches et al (2018), apontaram para impressões gerais positivas em relação à imagem do cirurgião-dentista, o que pode sugerir que o aspecto de temor em torno do dentista e do ambiente odontológico, ao longo dos anos, tende a diminuir.…”

“…Destaca-se ainda que a maior parte das impressões gerais dos desenhos das crianças foram negativas, ao contrário do que verificaram Massoni et al (2008) e Ketzer et al (2012), cujos estudos demonstraram que a maioria das crianças apresentou desenhos apontando tranquilidade e empatia em relação ao cirurgião-dentista e ao ambiente odontológico. Além disso, o estudo de Barbosa et al (2015) destacou que as crianças investigadas tiveram uma percepção positiva do profissional da odontologia antes e após sessões de mídias audiovisuais, que transmitiam apenas imagens positivas do profissional e do tratamento odontológico.…”

“…A percepção que a criança tem do cirurgião-dentista é capaz de influenciar as relações a serem estabelecidas entre paciente e profissional durante o atendimento odontológico. Acrescenta-se a este aspecto o fato de que o tratamento odontológico, muitas vezes, esteve associado à dor e ao medo, podendo, inclusive, ser caracterizado como punição (Barbosa, Carvalho, Santana, Surdini, & Barbosa, 2015;Cavalcante, Matos, & Cabral, 2014).…”

Opinião de adolescentes sobre as características essenciais ao cirurgião-dentista: estudo em municípios sul-brasileiros

“…Uma imagem negativa pode distanciar o profissional do paciente e levar à aquisição de atitudes negativas para com os procedimentos de atenção à saúde. 14 Em especial, quando o paciente se encontra na fase da adolescência, pois nesse período os jovens começam a ter controle sobre suas ações e desenvolver atitudes que podem afetar seus estilos de vida. 15 É frequente observar, entre os adolescentes, atitudes de rebeldia, resistência a conselhos e percepção de não susceptibilidade ou vulnerabilidade a doenças.…”

“…Muito embora em um dos três grupos tenha sido encontrada uma diferença menor dessa categoria em relação à categoria Relações Interpessoal, acredita-se que a similaridade do comportamento possa ser explicada pela influência da mídia e dos pares, uma vez que a busca pela identificação com modelos e o compartilhamento de ideias com o grupo são características muito próprias dessa fase do desenvolvimento humano, as quais exercem influências sobre o comportamento das pessoas. 4,10,14 Com relação às diferenças detectadas em função do sexo dos participantes, a literatura aponta que, além da condição socioeconômica e das crenças, o gênero é um fator que pode definir diferenças no modo de agir e pensar. 7,10 Esses adolescentes, independentemente do município de origem e do sexo, esperam ser atendidos com base no princípio da integralidade, mediante um processo que requer o envolvimento dos aspectos pertinentes às três tecnologias do trabalho em saúde que são apontadas por Merhry e Franco, 22 quais sejam: tecnologia leve-dura (conhecimento científico), tecnologia dura (aparato estrutural) e tecnologia leve (sensibilidade dos profissionais).…”