Percepção dos enfermeiros sore a (não) procura dos homens por Atenção Primária à Saúde

Abstract

Este estudo teve como objetivos analisar a percepção dos enfermeiros sobre os motivos da (não) procura dos homens aos serviços de Atenção Primária à Saúde e descrever as dificuldades, facilidades e perspectivas encontradas pelos enfermeiros para promover o acesso dos homens a esses serviços. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa realizada em unidades da Estratégia Saúde da Família (ESF), situadas na sede de um município do interior da Bahia, Brasil. Os participantes foram dez enfermeiros. Utilizou-se como técnicas de coleta de dados a entrevista semiestruturada e documentos, e para análise dos dados a Técnica de Análise de Conteúdo Temática. Diante dos resultados, percebeu-se que a escassa busca dos homens pelos serviços de saúde está relacionada à resistência em cuidar da saúde como forma preventiva e entre as dificuldades foram citados fatores institucionais e culturais. Como fatores facilitadores, os enfermeiros elencarama realização de atividades educativas e oferta de serviços específicos. Conclui-se que o trabalho desenvolvido pelo enfermeiro e demais membros da equipe de saúde de cada unidade da ESF constitui-se de grande importância nosentido de sensibilizar os homens sobre a importância do cuidado à saúde. NURSES PERCEPTION ON THE (NOT) DEMAND FOR PRIMARY HEALTH CARE BY MENThis study aimed to analyze nurses’ perceptions of the reasons for men’s (non) demand for Primary Health Care services and describe the difficulties, facilities and perspectives found by nurses to promote men’s access to these services. This is a qualitative, descriptive research carried out in Family Health Strategies (FHS) Units, located at the headquarters of a municipality in the countryside of Bahia, Brazil. The participants were ten nurses. The data collection techniques used were semi-structured interviews and document analysis. Thematic Content Analysis Technique was used for data analysis. In view of the results, it is clear that the low demand of men for health services is related to resistance to takingcare of health as a preventive form, and institutional and cultural factors were mentioned among the difficulties. As facilitating factors, nurses listed the provision of lectures/educational activities and the provision of specific services. It is concluded that the work developed by the nurse and other members of the health team of each FHS is of great importance in the sense of sensitizing men about the importance of health care.

Acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes assistidos em farmácia comunitária

“…A predominância do sexo feminino (62%) foi verificada, provavelmente, devido a maior busca por serviços de saúde entre as mulheres. Os homens brasileiros procuram com menor frequência os serviços de atenção primária à saúde, o que explica os altos índices de morbimortalidade e a alta incidência de enfermidades crônicas presente entre os homens, que na maioria dos casos, vai em busca do sistema de saúde como algo emergencial (BALBINO et al, 2020;VIEIRA et al, 2020).…”

Epidemiologia E Possíveis Intervenções Para as Hepatites Virais Em Juiz De Fora, Minas Gerais

“…A predominânc ia do sexo masculino nos casos de hepat ites pode estar rel ac ionada à manutenção do estereót ipo que considera a masculinidade como sexo for te, no qual o indiv íduo não pode demonstrar suas vulnerabilidades para a soc iedade, o que implica em procurar menos os ser v iços de saúde e realizar de modo inef ic iente medidas de prevenção e autocuidado com as doenças em comparação ao sexo feminino 7 .…”

Aspectos epidemiológicos da dengue no Estado de Mato Grosso, Brasil: série temporal 2001-2018

“…Os homens tem maior dificuldade de buscar os serviços de saúde, devido à resistência em cuidar da saúde como forma preventiva, a falta de conhecimento, medo de descobrir doenças, ambiente feminino das unidades de saúde, fatores culturais que envolvem a construção da figura masculina, preconceito, machismo, jornada de trabalho sobrecarregada, fatores institucionais como a falta de recursos, disponibilidade de exames específicos, fatores culturais (machismo, sentimento de invulnerabilidade) e impaciência na espera por atendimento (Vieira et al, 2020). Segundo Brasil (2017), as internações hospitalares decorrentes da dengue no Brasil em 2013 foram duas vezes maiores onerosas para tratar os enfermos do que com a prevenção da dengue.…”