Qualidade de vida (QV) se relaciona à satisfação com a vida, saúde e bem-estar. O estudo investigou a QV e fatores associados em estudantes de educação física (EF) de uma universidade pública na capital do Brasil. Utilizou-se o questionário WHOQOL-Bref da OMS, complementado por dados sociodemográficos. Resultados foram expressos como média, desvio padrão e frequência relativa, e testes inferenciais avaliaram diferenças entre grupos, com p<0,05. Dos 220 respondentes, 66,8% referiu sua QV como "nem ruim nem boa”. O domínio ambiente teve menor escore médio, com percepção significativamente pior entre estudantes de menor renda (classe C), que moram em cidades periféricas, e de raça/cor parda. O domínio físico apresentou resultados significativamente piores para mulheres e para raça/cor (índio, amarelo ou outra). Relações sociais foram significativamente piores para raça/cor parda. A QV mediana dos estudantes, com resultados significativamente piores para o domínio ambiental e para o sexo feminino, de menor renda e raça/cor não branca, mostra a necessidade de incorporar a determinação social da saúde e QV às pesquisas. Universidades, enquanto ambientes formativos, articuladores de políticas, onde se estabelecem amplas relações sociais que podem, ou não, ser promotoras da saúde e QV, devem refletir e agir sobre o tema.