Percepções das gestantes quanto à escolha da via de parto

Abstract

Esta pesquisa teve como objetivo conhecer as percepções das gestantes quanto à escolha da via de parto. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, realizado com gestantes de um município da região noroeste do Estado do Paraná. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas, audiogravadas. Para o tratamento dos dados, adotou-se o discurso do sujeito coletivo. Participaram 20 gestantes, das quais 13 realizaram o parto cesárea. De acordo com as respostas das entrevistas foram geradas 25 expressões-chaves e delas originaram-se cinco ideias centrais: A – “Preferência pelo parto normal”, na qual metade das gestantes optou inicialmente por essa via de parto; B – “Indicação da via de parto cesárea”, escolhida por nove gestantes (45%) com indicação médica, a despeito da preferência prévia pelo parto normal; C – “Escolha de via de parto cesárea”, com quatro (20%) mulheres que escolheram essa via por medo da dor; D – “Satisfação com via de parto realizada”, via pela qual todas as mulheres (35%) que realizaram parto normal expressaram satisfação; e E – “Dualidade entre satisfação e sofrimento com a via de parto realizada”, misto de sentimento vivenciado por todas mulheres que realizaram cesárea. Concluiu-se que metade das gestantes tem preferência pelo parto normal, mas a maioria acabou por realizar o parto cesárea. Na percepção das entrevistadas, as escolhas da via de parto cesáreo foram decorrentes de indicação médica, medo, insegurança e desejo pela laqueadura. Sugerem-se ações educativas esclarecedoras para diminuir inseguranças nas decisões das gestantes e possibilitar autonomia na escolha consciente quanto à via de parto

Perfil sociodemográfico das mulheres que realizaram laqueadura tubária: uma revisão integrativa da literatura

“…Portanto, é importante entender os fatores presentes no momento do pedido de esterilização que possam estar associados com um futuro arrependimento" (Sanguinete 2020, p. 21). Por outro lado, o fator número de filhos são fortes elementos para contribuírem para realização do procedimento, esse mesmo fator também ainda é levantado como um dos principais motivos para gerar o arrependimento na mulher, após a realização da laqueadura, principalmente quanto a morte de um dos filhos ou a mulher se encontra um novo parceiro para o relacionamento, que acende a vontade de se ter outros filhos com o atual parceiro, isso gera inúmeras problemas (Spigolon et al, 2020).…”

“…Todavia, suas origens mais profundas encontram-se pautadas no século XIX, especificamente no ano de 1809, quando Haighton construiu alguns experimentos seccionando as tubas de coelhas. Em procedimentos realizados em humanos, Blundell, em Londres, no ano de 1823, é visto pelos ingleses como o pioneiro quanto se trata da ligadura tubária (Spigolon, 2020).…”

“…Todavia, como não se pode encontrar uma publicação específica na literatura médica como prova do fato mencionado anteriormente, outros autores, mais precisamente os americanos, consideram que foi Lungren (1881), nos Estados Unidos, o primeiro a executar o procedimento da ligadura tubária. A experiência realizada por ele através da esterilização tubária, fez o uso de fios e seda para segurar as tubas de uma paciente que já tinha feito duas operações cesarianas (Spigolon, 2020).…”

“…Os métodos cirúrgicos são métodos de contracepção definitiva que podem ser utilizadas tanto pelas mulheres, como pelos homens, promovendo a esterilização. No caso das mulheres é realizado por meio da ligadura das trompas, e nos homens por meio da ligadura dos canais deferentesvasectomia (Spigolon, 2020;Medeiros, 2019).…”

A humanização do parto como ferramenta no combate à violência obstétrica: Um estudo teórico reflexivo

“…Em se tratando do parto, o parto normal é a via de parto recomendada pela OMS, em virtude de seus benefícios e diminuição dos riscos maternos e neonatais, ao mesmo tempo em que o parto cesáreo aumenta em 120 vezes a probabilidade de problemas respiratórios no bebê e triplica o risco de morte materna, sendo considerado totalmente desnecessário, quando sem indicações médicas (Spigolon et al, 2020).…”