Percepções de professores/as sobre gênero, sexualidade e homofobia: pensando a formação continuada a partir de relatos da prática docente

Abstract

AGRADECIMENTOSUfa! Enfim, toda a dedicação e todo o esforço deram o fruto tão esperado: seja bemvinda, querida dissertação de mestrado! Confesso ter levado um grande susto ao olhar para trás e notar que se passaram três anos desde o ingresso no curso de mestrado. E neste momento em que sou invadida por tantos sentimentos, certamente a satisfação, a alegria e a imensa gratidão são os mais fortes e incisivos.Sou grata a tantas pessoas e a tantas situações, que chego a sentir receio de esquecer-me injustamente de alguém. Por isso decidi escrever os agradecimentos como um exercício de catarse: sem ordem de prioridade ou relevância, seguindo apenas a irregularidade desconexa da minha emoção.Agradeço ao que há de divino dentro de mim, onde sempre encontrei fé, coragem e força para perseverar. Como aprendi com avó Albina, Deus está em tudo o que a gente faz por amor e com amor. Obrigada, minha querida avozinha, por ser a estrela que guia minha vida e por ter me dado o melhor dos presentes: a fé.À minha querida Clau -Profa. Cláudia Vianna -, agradeço a orientação sempre sábia e acertada no processo de pesquisa: aprendi e aprendo muito com você. Muito obrigada por me guiar, desde os tempos de iniciação científica, nesse percurso em que me lancei para me constituir pesquisadora. Sou imensamente grata por você me ensinar tanto sobre a vidaacadêmica ou não -, pelo companheirismo, pela confiança, pela acolhida, pela empatia e por ser para mim muito mais do que uma orientadora, mas amiga e companheira. Minha admiração e meu carinho por você são eternos. Obrigada, ainda, por me propiciar o contato com o querido Celso Ferretti, a quem tanto admiro e com quem tanto aprendo.Ao Grupo de Estudos de Gênero, Educação e Cultura Sexual (EdGES), coordenado pelas Profas. Dras. Cláudia Vianna e Marília Pinto de Carvalho, agradeço a oportunidade de socializar saberes e experiências intelectuais. Ao Orientagênero, extensão do EdGES formada pelos/as orientandos/as da Profa. Cláudia, muito obrigada pelo respeito, pela generosidade e pela parceria de sempre. Agradeço a presença em algum momento desse percurso -ainda que online -e a ajuda de cada um/a. Marcelo, Paulinho, Karina, Cláudio, Sandra, Bete, Edna, Osmar, Ana Paula, Tatiana, Cris, Carol, Maria José, Lula, Dani, Karen, Hamílton, Paulo Falcão, Natália, Fabíola e Adriano: é uma alegria fazer parte de um grupo especial assim.Agradeço também ao Lula a preciosa ajuda em transformar meu resumo em abstract, à À área de pesquisa em Sociologia da Educação, agradeço o incentivo à minha participação em congressos e seminários. As apresentações e discussões sobre o meu trabalho realizadas nesses eventos muito contribuíram para a qualidade teórica e analítica que pretendi imprimir a esta dissertação. E à querida Marla sou grata pela amizade recente -fruto da participação na Anpedinha -, já tão sincera e desinteressada.Às professoras Belmira A. de Barros Oliveira Bueno e Célia Regina Rossi, agradeço a leitura atenta e criteriosa do relatório de qualificação, assim como as tão necessárias contribuiçõe...

Série Educar- Volume 5 – Formação Docente

“…Com o questionário iniciou-se com uma abordagem direta sobre o conhecimento de identidade de gênero dos entrevistados e trouxe questões de designação correta dos termos de gênero além de aspectos da transfobia, o participante tem duas opções de resposta que na maioria das perguntas versa entre negativo e positivo, para algumas questões foi disponibilizado um espaço para o aluno dissertar sobre seu ponto de vista como já foi pontuado, além de conter algumas perguntas com cinco respostas, onde o participante escolhia apenas uma. O questionário utilizado foi adaptado de Rizzato (2013), pois a pesquisadora dá ênfase nos aspectos da pluralidade sexual dos indivíduos, enquanto que para esse estudo propõe-se apenas uma reflexão acerca da diversidade de gênero. Deve-se ressaltar que sexo, como sinônimo de genitais, é biológico, gênero é social e independente do conceito de sexo, ou seja, é construído pelas diferentes culturas e tempos históricos.…”

ENTRE OS DITOS E OS INTERDITOS: representações de professores e professoras do ensino fundamental sobre gênero e sexualidade

“…No cerne desse processo de formação das diferenças, o currículo escolar, fabrica instrumentos particulares de conhecimento, significações sociais e identidades culturais (de gênero, classe, sexualidade, raça, etnia, geração) e emerge como espaço de significação, perpassado por processos que asseguram não apenas a representação de uma identidade, mas também o fato de incluí-la ou excluí-la por conta dos jogos de interesse que acontecem por disputa de poder (gaRCIa, 2015;SEfTON, 2013;RIZZaTO, 2013).…”

“…Destarte, na maioria das vezes, terminam por restringi-la a um tratamento integralmente biologizante, que tem o papel de resguardar o/a educador frente aos/às alunos/as, e no que se refere às suas próprias incertezas, medos e aflições. entRe os dItos e os InteRdItos | Jonas Junior, mônica fernandes e Sandra faustino Alguns estudos como os de Garcia (2015), Rizzato (2013) e Santos (2014) trazem à baila o despreparo dos/as educadores/as e demais profissionais da educação para atuar com a sexualidade na escola, uma vez que não tiveram contato com o tema, nem na formação inicial, nem na continuada. Rizzato (2013) afiança que entende as dificuldades relacionadas com a inclusão de assuntos ligados à sexualidade, educação sexual e às relações de gênero na escola, porque a maioria dos espaços de formação -incluindo as universidades -ainda lutam contra a inserção destes temas nos cursos de licenciatura, razão pela qual fica a cargo da formação continuadaque nem sempre acontece -a responsabilidade de completar esta lacuna.…”

“…apesar de a hierarquização e a inferiorização se organizarem por meio de dinâmicas diferentes, são categoricamente complementares, e esta complementaridade tem sido empregada historicamente na conservação de desigualdades e no recrudescimento de processos de exclusão social, os quais podem incidir de maneiras muito diversas, passando desde o extermínio humano e a violência social até modos de inclusão subalternizadas, demonstrando, assim, o quão sério podem ser estes processos que assolam uma sociedade como um todo, e não somente alguns grupos sociais (RIZZaTO, 2013;QuaRTIERO, 2009). entRe os dItos e os InteRdItos | Jonas Junior, mônica fernandes e Sandra faustino mesmo os sujeitos participantes da pesquisa estando inseridos em uma escola, que tem o discurso de democracia e inclusão, seus posicionamentos não estão em consonância com a legislação educacional brasileira, com os parâmetros Curriculares Nacionais e com as diretrizes estabelecidas para tratar a educação sexual na escola. podemos observar que os programas oficiais são, muitas vezes, ignorados nas instituições escolares.…”

ENTRE OS DITOS E OS INTERDITOS: representações de professores e professoras do ensino fundamental sobre gênero e sexualidade

“…Toda representação, seja ela hegemônica ou contra-hegemônica, repercute paradigmas que são produzidos, discursivamente, por meio da linguagem. No cerne desse processo de formação das diferenças, o currículo escolar, fabrica instrumentos particulares de conhecimento, significações sociais e identidades culturais (de gênero, classe, sexualidade, raça, etnia, geração) e emerge como espaço de significação, perpassado por processos que asseguram não apenas a representação de uma identidade, mas também o fato de incluí-la ou excluí-la por conta dos jogos de interesse que acontecem por disputa de poder (gaRCIa, 2015;SEfTON, 2013;RIZZaTO, 2013).…”