Introdução: Diante da demanda para a elaboração de estratégias de ensino adaptadas para realidade atual, o conhecimento sobre metodologias ativas de ensino-aprendizagem tem grande valor, para a educação médica. Há diversos tipos de metodologias ativas e aquelas baseadas em casos-problema tem sido implementadas na graduação médica de forma mais precoce; apesar de ser parte integrante e necessária do currículo das instituições de ensino médico, não há consenso sobre sua forma de orientação, aplicabilidade e avaliação. Propõe-se revisar a literatura sobre as metodologias de ensino-aprendizagem em ambientes reais, conhecendo seus benefícios e a aplicações. Materiais e Métodos: O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura na qual foram incluídos 23 artigos e 1 capítulo de livro entre os anos 1992 e 2018, em língua portuguesa e inglesa, sendo exploradas as bases de dados PubMed, SciELO, Lilacs e Periódicos CAPES. Discussão: Os métodos propostos para orientação, avaliação e feedback são variados, adaptáveis e estão em constante modificação. “Preceptor em um minuto”, “O momento em cinco minutos” e “Método SNAPPS” são diferentes maneiras de discussão nesses cenários a fim de facilitar o processo de interação estudante-paciente-preceptor. Estratégias de aprendizagem em ambientes reais apresentam benefícios em relação ao aprendizado de conteúdos teóricos estritos, pois coloca o aluno em ambiente de atuação verídico e estimula a elaboração de raciocínio diagnóstico sistematizado, que exige a recuperação de conhecimentos prévios. Acredita-se que o profissional que seja formado com essas metodologias ativas terá um perfil de autonomia, autodidatismo e atitude profissional proativa e com base científica. Conclusão: Não há “regra prática” para inserção das metodologias ativas no currículo das universidades, seu uso deve ser adaptado à realidade e ao perfil de cada instituição. Ressalta-se que o professor/preceptor deve refletir sobre seus métodos de ensino, buscando entender sua metodologia e ressignificar a sua atuação, estimulando a busca de tarefas mais ativas e eficientes.