Introdução: O tratamento para o câncer é geralmente agressivo para o organismo do paciente, podendo levar a uma possível internação hospitalar, e é neste ambiente, que o mesmo se torna suscetível a desenvolver processos infecciosos, principalmente por bactérias multirresistentes. Objetivo: Verificar o perfil de resistência de bactérias isoladas em pacientes hospitalizados portadores de neoplasias. Material e métodos: Estudo observacional, descritivo e transversal realizado por meio da análise de laudos de urocultura de pacientes oncológicos obtidos mediante um laboratório de análises clínicas de um hospital público no interior de Pernambuco, no período de fevereiro a junho de 2021. Resultados: O total de 34 (36,95%) das uroculturas apresentaram crescimento bacteriano, sendo mais prevalente a Escherichia coli (44,11%), seguida de Citrobacter ssp. (26,47%), Enterobacter ssp. (5,88%), Enterococcus ssp. (5,88%), Staphylococcus aureus (5,88%), Staphylococcus coagulase negativa (5,88%) e Proteus vulgaris (5,88%). O perfil de resistência correspondeu ao ácido nalidíxico (70,58%), ciprofloxacina (52,94%), cefalotina (52,94%) e sulfametaxozol e trimetropina (50%), enquanto o perfil de sensibilidade foi maior para os seguintes antimicrobianos: ertapenem, imipenem, piperaciclina e tazobactam, correspondendo cada um a 97,06% de sensibilidade. Conclusões: Foi verificada uma maior presença de bactérias Gram-negativas, com destaque para Escherichia coli, além disso, a prevalência de resistência bacteriana igual ou superior a 50% dos antimicrobianos das classes da quinolonas (ácido nalidíxico e ciprofloxacina), cefalosporinas (cefalotina) e sulfonamidas (sulfametaxozol e trimetropina) foi também evidenciado.