No Brasil, apesar de não haver uma sistematização dos dados, estima-se que, aproximadamente, 5 a 15% dos pacientes hospitalizados adquiram algum tipo de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (IRAS), sendo ela, em geral, a quarta causa de mortalidade. As IRAS apresentam uma enorme relevância para saúde pública, pois fatores como indivíduos imunocomprometidos associado ao surgimento da resistência a antimicrobianos, estão cada vez mais frequente no ambiente hospitalar, facilitando este tipo de infecção. O objetivo deste trabalho foi verificar a ocorrência e o perfil bacteriano de pacientes internados na Clínica Cirúrgica de um Hospital Universitário. O estudo foi realizado através da análise retrospectiva de exames de aspirados traqueais, hemoculturas e uroculturas de pacientes internados na Clínica Cirúrgica, no período de janeiro a dezembro de 2018. Os dados foram coletados por meio de impressos laboratoriais do próprio serviço e tabulados na planilha do Excel®, sendo divididos em amostras positivas e negativas e realizada análise descritiva com valores absolutos e percentuais. Em geral, as bactérias mais freqüentes, nas diferentes amostras, foram Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli, Staphylococcus coagulase negativa, Acinetobacter baumannii e Klebsiella pneumoniae. As espécies bacterianas com maior resistência foram Acinetobacter baumannii, Staphylococcus coagulase negativa, Klebsiella pneumoniae e Klebsiella oxytoca. Os dados deste trabalho permitem o conhecimento do perfil bacteriano encontrado nos pacientes internados, o que poderá nortear o tratamento das infecções e conseqüentemente auxiliar na diminuição da seleção de bactérias multirresistentes, auxiliando na prevenção e no controle das infecções hospitalares.
As infecções hospitalares são aquelas adquiridas 48 horas após a admissão hospitalar ou que se manifestam até 3 dias após a alta e que estejam associadas a cuidados em saúde. Este trabalho teve como objetivo analisar o perfil bacteriano de uroculturas coletadas em pacientes internados em um Hospital Universitário. Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo e documental, realizado a partir de planilhas disponibilizadas pelo Laboratório de Análises Clínicas/Setor Microbiologia do Hospital Universitário, provenientes de resultados dos exames realizados no período de janeiro de 2017 a dezembro de 2018. No primeiro ano foram coletadas 242 uroculturas, destas, 12% apresentaram crescimento bacteriano. Em 2018 foram 256, com 15% de positividade. As bactérias mais isoladas foram: Klebsiella pneumoniae, Enterococcus sp., Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli e Acinetobacter baumannii. Klebsiella pneumoniae apresentou resistência a amicacina, imipenem, piperacilia + tazobactam, sendo sensível a linezolida. O Enterococcus sp. em 2017, foi resistente à ampicilina, ciprofloxacino, vancomicina e nitrofurantoína, porém em 2018 foram sensíveis a estes. A P. aeruginosa foi resistente à ceftazidima, cefepime, imipenem, piperacilina + tazobactam, quinolonas e amicacina e sensível a colistina. A E. coli foi resistente a ampicilina + sulbactam, as quinolonas e sulfametoxazol + trimetoprima, sendo sensível a amoxicilina + clavulonato, nitrofurantoina e piperacilina + tazobactam, cefalosporinas de 2ª geração, aminoglicosídeos e carbapenêmicos. O A. baumannii apresentou resistência para amicacina, gentamicina, imipenem, meropenem, piperacilina + tazobactam e colistina, não apresentando 100% de sensibilidade a nenhum dos antibióticos testados. O conhecimento do perfil bacteriano nas uroculturas é de grande importância, pois poderá nortear o tratamento medicamentoso, contribuindo na desaceleração da seleção de bactérias resistentes.
being divided into positive and negative samples and a descriptive analysis was performed with absolute and percentage values. Related to the occurrence of bacterial species, both in 2017 and 2018, the main species identified were coagulase negative Staphylococcus, Acinetobacter baumanni, Klebsiella pneumoniae, Staphylococcus aureus. Pseudomonas aeruginosa was isolated only in blood culture samples from 2018. Related to the resistance profile for A. baumannii, in the two years analyzed, high resistance to all classes of antibiotics tested can be observed. Regarding gram positive bacteria, resistance was greater than 60% for oxacillin and 100% sensitivity to vancomycin and linezolid. Klebsiella pneumoniae showed a high resistance to the group of carbapenems, and in 2017 the resistance was 2 times greater when compared to the year 2018. The results of the present work provide a direction to the empirical treatment of bloodstream infections, in addition to avoiding the indiscriminate use of antibiotics.
As infecções hospitalares são um desafio para a saúde pública, pois impactam no prognóstico do paciente e nos custos hospitalares. O objetivo deste estudo foi avaliar a ocorrência e o perfil bacteriano de aspirados traqueais de pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva. Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo e documental, tendo como fonte as planilhas disponibilizadas pelo laboratório de Análises Clínicas do Hospital Universitário. Dos 307 laudos analisados em 2017, 142 estavam positivos, e em 2018 dentre os 319, 213 foram positivos. O micro-organismo de maior ocorrência nos dois anos foi Acinetobacter baumannii, seguido de Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus e Klebsiella pneumoniae. Acinetobacter baumannii apresentou resistência à diversos betalactâmicos, dentre eles o meropenem e o imipenem, e para a ampicilina + sulbactam; sendo sensível a colistina e a tigeciclina. Os isolados de P. aeruginosa de 2017 e 2018 foram resistentes a: meropenem, imipenem, ceftazidima, cefepima, ciprofloxacino e levofloxacino; no entanto, para a piperacilina + tazobactam observou-se resistência nas amostras obtidas em 2018. S. aureus foi resistente a clindamicina, ao sulfametoxazol + trimetoprima e a oxacilina; apresentou sensibilidade a linezolida, tigecliclina e vancomicina. Os isolados de K. pneumoniae demonstraram resistência, dentre outras drogas, ao imipenem, meropenem, piperacilina + tazobactam; por outro lado, foram sensíveis a amicacina e a colistina. As resistências observadas denotam a importância do uso racional dos antimicrobianos e fornecem dados para a criação de protocolos de antibioticoterapia empírica para o tratamento dos pacientes internados na Instituição.
As superfícies em um ambiente hospitalar contribuem para a contaminação cruzada secundária. Tal contaminação acontece através do contato das mãos dos profissionais com a manipulação dos dispositivos ou equipamentos e as suas superfícies, que poderão estar contaminadas e acabar contaminando os pacientes. É importante ressaltar que o comportamento dos profissionais de saúde tem grande influência de maneira direta no que tange a transmissão de infecção hospitalar. O presente estudo objetivou analisar o perfil bacteriano de superfícies e equipamentos do Bloco Cirúrgico de um Hospital Universitário. Trata-se de um estudo transversal e descritivo onde foram amostradas 06 salas do Bloco Cirúrgico e analisadas as seguintes superfícies e equipamentos: braçadeira, mesa cirúrgica, monitor multiparamétrico, oxímetro, foco de luz e carrinho do anestesista. As amostras foram coletadas, utilizando-se um molde de área de 1 cm2 e swabs embebidos em solução salina. O total de bactérias encontradas foi de 125, destas 5 são consideradas bactérias possíveis causadoras de infecções hospitalares, a saber: Acinetobacter baumannii (3 isolados) e Enterobacter sp. (2 isolados). Com relação a resistência, o Acinetobacter baumannii foi 100% resistente aos carbapenêmicos, cefalosporinas e quinolonas. Já os isolados de Enterobacter sp. foram 100% resistente a ampicilina e 100% sensível a sulfametoxazol + trimetropima, cefepima, meropenem, ciprofloxacino, amicacina, ceftriaxona, ampicilina + sulbactam, tetraciclina, cloranfenicol, piperacilina + tazobactam e aztreonam. As superfícies dos equipamentos do Bloco Cirúrgico apresentaram possíveis bactérias causadoras de infecções hospitalares demonstrando elevada resistência aos antibióticos.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.