Perfil clínico-epidemiológico dos pacientes acometidos por abdome agudo em um hospital de referência em Salvador

Abstract

Modelo do estudo: Corte transversal. Objetivo: O presente estudo possui o objetivo de descrever o perfil clínico-epidemiológico dos pacientes acometidos por abdome agudo em um hospital de referência em Salvador, gerando um maior conhecimento quanto à epidemiologia do abdome agudo, e dessa forma, auxiliando a prática clínica dos profissionais de saúde da região. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, com a amostra composta por pacientes admitidos no Hospital do Subúrbio, no ano de 2016, vítimas de abdome agudo. Resultados: Dentre os tipos de abdome agudo, o inflamatório mostrou-se o mais prevalente. As etiologias mais comuns neste estudo foram apendicite aguda e neoplasia do trato gastrointestinal. Quase a totalidade dos pacientes foram abordados cirurgicamente (95,1%). O tempo médio de internamento foi de 192 horas. Vinte e dois por cento dos pacientes necessitaram de cuidados em terapia intensiva. A letalidade dos pacientes foi calculada em 17,1%. Vinte e nove pacientes apresentaram complicações que não o óbito. O tipo de abdome agudo cujos pacientes necessitaram mais de cuidados intensivos foi o vascular. O tipo de abdome agudo de maior letalidade neste estudo foi o abdome agudo obstrutivo. Conclusões: O abdome agudo é uma patologia de alta letalidade, sendo importante seu diagnóstico e manejo precoce. O perfil mais encontrado neste estudo foi paciente acometido por abdome agudo inflamatório, de etiologia mais provável a apendicite aguda.

Implantação de aparelho de tomografia computadorizada no Hospital Regional de Planaltina – Distrito Federal consoante solicitações entre 2021 e 2022

“…A dor abdominal é uma queixa frequente nas emergências: representa cerca de 6% dos atendimentos (Magalhães;Azevedo;Cunha, 2019). Diante de um paciente com esse sintoma, quando associado a trauma, há classificação de trauma abdominal.…”

I LIVRO DA ABLAC-BR: A Cirurgia Sob as Lentes das Ligas Acadêmicas

“…Esses dados são corroborados pela literatura, com estudos que apontam que, mesmo em hospitais de referência, apenas 4,3% (a menor porcentagem quando comparado com as outras subdivisões da patologia) dos pacientes com abdome agudo apresentavam quadro vascular. Ademais, o mesmo estudo aponta que, mesmo quando analisada a morbimortalidade do abdome agudo por um tempo mais longo, o abdome agudo vascular é um dos três tipos mais letais (MAGALHÃES et al, 2019).…”

“…Se o tratamento não for conduzido de forma correta, pode evoluir para necrose intestinal. Outras etiologias menos comuns são torção omental, torção de pedículo do cisto ovariano e infarto esplênico (FERES & PARRA, 2008;KILESSE et al, 2022;MENEGHELLI, 2003;MAGALHÃES et al, 2019).…”

“…É importante evitar o uso de medicamentos vasopressores na medida do possível, pon-derando a estabilidade do paciente. Essas medidas são complementares à intervenção cirúrgica, que avaliará a viabilidade intestinal e pode indicar a ressecção do tecido infartado (KI-LESSE et al, 2022, CARDOSO et al, 2022MAGALHÃES et al, 2019).…”