Este estudo teve como objetivo analisar as características dos partos segundo o local de ocorrência em um estado da Amazônia ocidental. Trata-se de um estudo quantitativo com delineamento transversal. A amostra foi constituída por dados disponibilizados no sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC) da Secretaria de Estado de Saúde do Acre de janeiro a dezembro de 2021, totalizando 15.134 registros. Os resultados revelam que em 2021, no estado do Acre, a maioria dos partos (ocorreu em hospitais, mas partos domiciliares foram mais comuns entre meninas de 10 a 14 anos. A maioria das mães tinha ensino superior incompleto. Quanto à raça, predominavam mulheres pardas (86%), com destaque para mulheres indígenas em partos domiciliares. A maioria estava casada (65%), embora mulheres solteiras representassem 33%. A maior parte dos partos ocorreu em ambiente hospitalar (98,6%) e as mulheres haviam feito pelo menos 7 consultas pré-natais (96,9%). A maioria tinha de 1 a 2 filhos (77%). Partos normais eram mais frequentes em domicílios (3%). A maioria dos bebês nasceu com mais de 2.500 gramas (93%), exceto em partos domiciliares (5,8%). Importante notar que quase metade dos registros não informava o peso ao nascer (48,9%). Esses dados destacam a importância do acompanhamento pré-natal adequado e da coleta precisa de informações sobre o peso ao nascer, especialmente em partos domiciliares, para garantir cuidados maternos e neonatais seguros. Destaca-se ainda a importância de políticas de saúde que visem a igualdade no acesso a serviços de saúde materna, focando em educação, prevenção e monitoramento para garantir partos seguros e saudáveis em toda a região.