Avaliar a qualidade do sono e o risco para desenvolvimento da Síndrome da Apneia do Sono (SAOS) entre enfermeiros de um hospital da Zona da Mata Mineira, por turno de trabalho. Estudo descritivo, transversal, quanti-qualitativo cujo grupo amostral foi composto pelos enfermeiros das escalas diurna e noturna do referido hospital, bem como seus cônjuges ou companheiros de quarto, os quais participaram de forma indireta. Para a coleta de dados foram utilizados 3 questionários: Escala de Sonolência de Epworth, Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh e Questionário de Berlim. Os resultados indicaram prevalência de 28,56% de Sonolência Diurna Excessiva (SDE) entre os enfermeiros participantes do estudo e prevalências consideráveis de participantes com qualidade de sono ruim (78,57%) e alto risco para desenvolvimento da SAOS (38,09%). Comparando-se os turnos diurno e noturno de trabalho, observou-se que os índices de avaliação da qualidade do sono foram piores entre os trabalhadores noturnos, os quais 41,67% apresentaram SDE; 91,67% indicaram qualidade de sono ruim; e 58,33%, alto risco para desenvolvimento da SAOS. Entre os trabalhadores do diurno, 16,67% apresentaram SDE; 73,33% apresentaram qualidade de sono ruim; e, 30% apresentaram alto risco para SAOS. A significativa prevalência de SDE, além da baixa qualidade do sono e do alto risco para desenvolvimento da SAOS observados entre os enfermeiros, sobretudo entre os trabalhadores da escala noturna, reforçam a importância de se expandir os estudos sobre a relação dos turnos de trabalho e os distúrbios do sono, bem como a necessidade do aprimoramento de políticas públicas voltadas à qualidade de vida e de saúde dos profissionais da enfermagem.