Introdução: A síndrome da apneia obstrutiva é considerada de alta prevalência na população, primariamente relacionada ao sexo masculino ecom pouca informação sobre os sinais clínicos e o perfil epidemiológico em mulheres. Objetivo: Analisar o perfil clínico e verificar a associação das variáveiscom o alto risco de mulheres desenvolverem síndrome da apneia obstrutiva do sono. Método: Trata-se de um estudo analítico e quantitativo, commétodo retrospectivo de coleta de dados das consultas ambulatoriais realizadas no período de junho de 2014 a junho de 2016 no Ambulatório de AvaliaçãoPerioperatória de um hospital regional do Distrito Federal. Resultados: Verificou-se a existência de uma associação de dependência entre a síndrome daapneia obstrutiva e as seguintes variáveis: faixa etária, índice de massa corporal, tromboembolismo venoso, presença de hipertensão arterial sistêmica ediabetes mellitus. Não houve associação significativa com o tabagismo ou com a presença de algum preditor de via aérea difícil. Conclusão: Mulheresobesas, hipertensas, com risco de trombose e maiores de 40 anos possuem maior risco de síndrome da apneia obstrutiva.
Objetivo: Descrever o perfil clínico e epidemiológico de pacientes obesos de um serviço ambulatorial de avaliação perioperatória, realizado por enfermeiros e anestesiologistas, baseado em estratificações e avaliações do risco cardíaco. Método: Estudo descritivo, retrospectivo, composto por dados de 292 pacientes consultados pelo serviço ambulatorial de avaliação perioperatória, em que 88 foram identificados com obesidade. Foram analisadas variáveis demográficas, antropométricas (por índice de massa corporal — IMC), clínicas e cardíacas pelo teste do χ2 . Resultados: Entre os pacientes, 30% eram obesos, dos quais 91% eram do sexo feminino. Em relação à presença de comorbidades, 50% eram portadores de hipertensão arterial sistêmica (HAS) e 22% a tinham associada ao diabetes mellitus (DM). Foi verificada prevalência de ASA P2 (74%) e alto risco para tromboembolismo venoso (63%); em relação aos riscos cardíacos pelo ACP (American College of Cardiology/American Heart Association — ACP, modificado por Detsky), a maioria (74%) foi estratificada como risco intermediário. Conclusão: A significativa incidência de comorbidades constatada acusa a necessidade de utilizar estratégias multiprofissionais na assistência perioperatória, voltadas para a população obesa, sendo possível identificar vulnerabilidades e diminuir riscos aos quais o indivíduo está sujeito, ao submeter-se a procedimentos cirúrgicos.
Objetivo: Identificar a capacidade funcional de pacientes atendidos no ambulatório de avaliação perioperatória do Hospital Regional do Gama (APA-HRG), no Distrito Federal, bem como estabelecer relação com as estratificações cardíacas utilizadas. Método: Estudo observacional, descritivo, retrospectivo, com coleta de dados dos registros nos prontuários das consultas pré-operatórias de 292 pacientes triados como alto risco, executadas por equipe de médicos anestesiologistas e enfermeiros, realizadas no APA-HRG no período de junho de 2014 a junho de 2016. Resultados: O perfil da amostra constituiu-se, em sua maioria, por indivíduos do gênero feminino (78,77%), maiores de 60 anos (48,35%), não obesos (69,44%), encaminhados principalmente pela clínica ginecológica (39,79%), diagnosticados com hipertensão arterial sistêmica (44,17%) e tabagistas (12,67%). A capacidade funcional foi classificada como excelente em 63,18% (>10 equivalentes metabólicos) dos pacientes. Foi constatada associação significativa entre os equivalentes metabólicos e as estratificações da American Society of Anesthesiologists, do Índice de Risco Cardíaco Revisado e da Classificação Funcional da New York Heart Association. Conclusão: A maioria dos prontuários analisados era de pacientes com excelente capacidade funcional, apresentando associação significativa com as estratificações estudadas
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