Perfil de saúde física e mental de homens e mulheres privados de liberdade: um estudo comparativo

Abstract

Objetivo: Comparar o perfil de saúde física e mental de homens e mulheres privados de liberdade. Métodos: Trata-se de estudo transversal, com abordagem quantitativa, que entrevistou 128 pessoas privadas de liberdade de ambos os sexos, em duas unidades prisionais de Alagoas. Os dados foram analisados através do software IBM SPSS Statistics. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Na comparação por sexos, a prevalência de queixas/problemas clínicos foi mais acentuada entre as mulheres (62,3%) do que entre os homens (39,2%). A prevalência de tratamento de saúde mental referido entre as mulheres foi de 51,9%, superando em duas vezes a encontrada nos homens (21,6%). Verificou-se que 24,7% das mulheres e 13,7% dos homens possuíam sintomas de ansiedade. Insônia e depressão foram referidas por 15,6% das mulheres, enquanto 13,7% dos homens apresentaram queixas de insônia e 2% de depressão. Também houve maior prevalência do uso de psicofármacos entre as mulheres (55,8% vs. 33,3% entre os homens). Conclusão: Homens e mulheres em situação de cárcere apresentaram prevalências acentuadas de problemas físicos e mentais, mais elevados, entretanto, entre as mulheres. Esses resultados são relevantes para o planejamento e a atenção à saúde desse público.

The use of medications by incarcerated women: an exploratory study

“…In this study, it was noted that most recovering women initiated continuous medication usage after entering prison. In addition, it is crucial to underscore the frequent use of psychotropic drugs, which are widely consumed by the prison population [17][18][19] .…”

Fatores associados à depressão e ansiedade em mulheres privadas de liberdade: uma revisão integrativa

“…100 das 300 mulheres de uma penitenciária feminina FR: Comorbidades, falta de prática religiosa, não ter visitantes e transtornos alimentares são fatores de risco significativos para depressão, enquanto a idade é um fator de proteção entre as mulheres encarceradas. Em pesquisa comparativa realizada por Bispo et al, (2021) para avaliar os fatores relacionados com o sexo másculo e feminino demonstrou que alguns fatores são distintos e de maior ou menor influência. Desse modo, os autores sugerem que as mulheres apresentaram maior porcentagem de transtornos psiquiátricos e teve como precipitantes a insônia, uso de psicofármacos, tratamento pregresso de saúde mental, histórico de epilepsia e alterações no humor, como a tristeza em relação aos homens.…”