A piscicultura tem ganhado destaque no Brasil, como uma das atividades produtivas que mais cresce, contribuindo não somente para a oferta de alimento para o mercado interno, mas atendendo também ao mercado externo (PEIXE BR, 2021). A pandemia da COVID-19 causou impactos no agronegócio sob diversos aspectos. Diante disso, as empresas rurais precisaram se organizar para mitigar os efeitos negativos e elaborar estratégias para soerguer o negócio, considerando as questões econômicas em torno de todos os elos da cadeia produtiva (PWC, 2020). O objetivo desta pesquisa foi fazer um panorama a respeito da piscicultura brasileira antes da pandemia, apontar os impactos sobre a atividade quando do estabelecimento da crise e analisar as estratégias adotadas pelos piscicultores para reagir à situação. Para a piscicultura brasileira, mesmo com todas as dificuldades impostas pela pandemia, 2020 foi um ano positivo para aqueles que souberam aproveitar as oportunidades. Os piscicultores aumentaram os investimentos visando melhorar produtos e serviços, aprimoramento de técnicas de processamento e beneficiamento dos peixes, bem como a aquisição de equipamentos. Ocorreram dificuldades iniciais relacionadas à comercialização, em virtude das restrições de pessoas aos centros de venda (feiras e mercados), atingindo principalmente os pequenos produtores. Entretanto, por intermédio da Associação Brasileira de Piscicultura, junto aos piscicultores, gestores de empresas de insumos, cooperativas e associações, a situação foi controlada, gerando bons resultados para a economia, foram intensificadas as exportações, sobretudo de tilápia e peixes nativos. Importante salientar que o marketing rural ajudou muito neste processo de venda para o fortalecimento da cadeia produtiva do peixe.