Objetivo: Descrever a evolução da taxa de detecção de aids registrada nos municípios da região metropolitana de Belém nos anos de 2010 a 2019. Métodos: Estudo ecológico descritivo, construído a partir de dados secundários de notificação de aids disponíveis nos sistemas nacionais de notificação, Sistema de Informação de Agravos de Notificação, Sistema de Informação sobre Mortalidade, Sistema de Controle de Exames Laboratoriais da Rede Nacional de Contagem de Linfócitos T CD4+/CD8+ e Carga Viral do HIV e Sistema de Controle Logístico de Medicamentos. Foram incluídos casos novos de aids, de 2010 a 2019, por sexo, e calculadas taxas por 100.000 habitantes de residentes das cidades da região metropolitana de Belém: Ananindeua, Belém, Benevides, Castanhal, Santa Bárbara do Pará, Marituba e Santa Izabel do Pará. Resultados: Na década avaliada, foram notificados 407.410 casos de aids no Brasil, 42.079 na região Norte e 19.548 no Pará. Na região metropolitana de Belém foram 10.105 notificações: Belém, Ananindeua e Castanhal ganharam destaque. Os dados mostraram as taxas de detecção de Ananindeua e Belém em crescente de 2010 para 2019. As demais cidades apresentaram oscilações, Marituba e Castanhal com picos em 2013, Santa Izabel do Pará, em 2019 e Benevides, em 2017. Entretanto, em Santa Bárbara do Pará houve declínio. Quanto à população masculina, houve aumento do agravo, destacam-se Belém e Marituba (2019), além de Benevides (2016). Na população feminina, evidencia-se Marituba (2013). Em ambos os sexos, Santa Bárbara do Pará apresentou resultados discrepantes: anos com taxas muito baixas e elevações imediatas em outros. Comparada com o Brasil, a região Norte e até mesmo o estado, a média das taxas de detecção de aids na região metropolitana de Belém foi elevada, com indicadores 1,5 vez maiores que a média nacional. Conclusão: Aferiu-se crescimento sustentado da taxa de detecção de aids, em especial no sexo masculino, nos municípios da Região Metropolitana de Belém