A Doença de Chagas, causada pelo Trypanossoma cruzi (T.cruzi), é transmitida pelo inseto da subfamília Triatominae, conhecido como barbeiro, e se constitui como uma grande dificuldade de saúde pública do Brasil em diferentes campos regionais. Nos Hemocentros, na década de 50, foi constatado, com o processo migratório campo-cidade, um alto predomínio de indivíduos chagásicos; ao longo da década, nos países endêmicos, a transfusão passou a ser a principal preocupação de contaminação dos indivíduos. Diante desse contexto, faz-se visível a importância de estudos acerca dos candidatos sorológicos positivos para DC, traçando o perfil epidemiológico e auxiliando no processo de triagem em bancos de sangue. O presente trabalho teve como objetivo analisar o perfil epidemiológico dos candidatos soropositivos para Doença de Chagas. Trata-se de uma análise retrospectiva de 77.791 indivíduos candidatos à doação de sangue que foram atendidos pelo Hemose, no período de 2015 a 2017. Para tanto, foram utilizados os testes Qui-quadrado de Pearson e U-Mann Whitney de amostras independentes, com um intervalo de confiança de 95%. A taxa de infecção foi de 0,1% (68 infectados), sendo que a maioria (66,2%) reside no interior de Sergipe; houve predomínio da doença no sexo masculino (45,5%), no ano de 2017, apresentando-se na faixa etária entre 25 e 50 anos, e o nível educacional em que prevaleceu foi o 2º Grau Completo (31,8%). No presente estudo, foi constatado um alto índice de infecção no interior do Estado, confirmando a presença de infecção na população.