Perfil epidemiológico de pacientes com COVID-19 em UTI de Hospital de Referência do Sul do Brasil: a idade como fator de risco para pior desfecho

Abstract

Introdução: A epidemia do coronavírus, causada pelo SARS-CoV 2, atingiu a marca de 5,1 milhões de mortes em todo o mundo até novembro de 2021. O vírus acometeu diferentes perfis da população, porém não se tem dados referentes às características demográficas dos pacientes internados em terapia intensiva. Objetivo: Descrever o perfil dos pacientes que foram tratados com COVID-19 na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Universitário e avaliar quais variáveis tiveram mais relação com mortalidade desses pacientes. Metodologia: É um estudo transversal descritivo-analítico exploratório. Os dados foram coletados no período de novembro de 2020 a março de 2021, 93 pacientes que foram internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitários (HU) pela COVID-19. Resultado e discussão: Avaliando 93 pacientes, com média de idade de 60,4 ± 14,6 anos (sendo 47 do sexo masculino) , com IMC médio de 31,4, sendo 52,7% de hipertensos, 47,3% obesos, e 25,8% diabéticos. Encontramos uma correlação entre mortalidade e idade (62,4x54,8; p:0,009). A correlação entre tempo de internação avaliado por mediana e desfecho óbito também se mostrou significativa (9x5,5; p:0,014). As comorbidades mais recorrentes foram a hipertensão a mais prevalente, seguido da obesidade. O tempo de internação em UTI foi menor em função do quadro clínico agravado e a idade dos pacientes. Conclusão: O estudo mostrou que pacientes idosos e com comorbidades apresentaram um pior prognóstico da doença, corroborando com outros estudos já realizados.

Relationship between clinical-epidemiological parameters and outcomes of patients with COVID-19 admitted to the intensive care unit: a report from a Brazilian hospital

“…Notably, determining the clinical-epidemiological and laboratory profiles of COVID-19 patients can provide valuable information for a multidisciplinary healthcare team for more assertive clinical management, better resource allocation, and improved survival of patients admitted with COVID-19 in the ICU ( 44 , 45 ). In this study, when multifactorial variables were correlated using regression analysis, the male sex had a higher chance of death, consistent with previous studies ( 46 , 47 ). Furthermore, male-specific variables such as hypogonadism and low testosterone levels have been linked to the development of comorbidities that increase mortality from COVID-19, including type 2 diabetes, obesity, and cardiovascular disease ( 46 ).…”

“…Furthermore, male-specific variables such as hypogonadism and low testosterone levels have been linked to the development of comorbidities that increase mortality from COVID-19, including type 2 diabetes, obesity, and cardiovascular disease ( 46 ). Additionally, evidence suggests that unbalanced testosterone levels may facilitate infection and disease progression in men because of their impact on the expression of the SARS-CoV-2 receptor, angiotensin-converting enzyme-2, and major fusogenic transmembrane serine protease 2 under regular transcription by androgens ( 47 , 48 ).…”

“…Specifically, changes in carbon dioxide levels trigger a hypoxic threshold, resulting in lung damage. Under normal hypoxic conditions, even a slight imbalance in PaCO 2 levels quickly evokes significant increases in ventilation per minute and brief respiratory alkalosis, which physiologically alters blood pH ( 37 , 46 , 47 ).…”

Procalcitonin as Antimicrobial Management Tool in Covid-19 Patients

“…A cross-sectional study carried out with 93 patients from an ICU in southern Brazil, aimed at describing the profile of the patients hospitalized due to COVID-19 and evaluating which variables were related to mortality. 50.5% of the patients were male, with a mortality rate of 69.3% 24 .…”

Pacientes com Covid-19 no Centro de Terapia Intensiva: perfil clínico e carga de trabalho da enfermagem

“…Estudos similares em outras localidades do Brasil demonstraram dados semelhantes quanto ao sexo, idade e presença de comorbidades destes pacientes (KRUGER et al, 2022; Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 6, n. 6, p. 28935-28950, nov./dec., 2023 OLIVEIRA et al, 2021), corroborando também com demais pesquisas em âmbito mundial (LOBO-VALBUENA et al, 2021;NASIR et al, 2021).…”