O emprego das plantas medicinais associado às práticas populares pode auxiliar a Atenção Primária de Saúde no planejamento das linhas de cuidado. Este trabalho levantou o conhecimento dos profissionais de saúde e de usuários das Unidades de Saúde em Palmas/TO, por meio de formulário eletrônico, sobre a utilização de plantas medicinais para uso geral e em acidentes com serpentes. Dentro dos resultados constatou-se que a efetivação das políticas integrativas que envolvem a medicina tradicional ainda não estão consolidadas. Percebeu-se que existe reconhecimento sobre a importância da medicina tradicional, mas com discreta utilização pelos profissionais de saúde. Por outro lado, foi evidente o uso cotidiano das plantas medicinas pela comunidade, inclusive reconhecendo opções antiofídicas tradicionais como a erva tipi, a batata de tiú, o óleo de buriti e o araticum. Hábitos que parecem estar vinculados ao conjunto de diversos costumes e não como influência de uma prática cultural em particular. Assim, pelos resultados obtidos, conclui-se que existe a possibilidade de ampliar as ações integrativas associadas a medicina tradicional na Atenção Primária de Saúde, favorecendo hábitos populares e costumes, valorizando a biodiversidade e fortalecendo vínculos com a comunidade para auxiliar na ampliação da autonomia do usuário no cuidado da saúde