As emergências neurológicas se apresentam entre as principais ocorrências em um pronto socorro, destacando a particularidade de se demonstrar a necessidade de um maior período de tempo de permanência no serviço de emergência, taxa de internação, internações em unidades de pacientes críticos, dessa forma se faz indispensável a atuação fisioterapêutica juntamente com a equipe multiprofissional no cuidado desses pacientes. O objetivo do presente estudo foi analisar o perfil de emergências neurológicas e atuação fisioterapêutica, afim de discutir sobre as condutas eficazes no atendimento fisioterapêutico frente a essa demanda no setor do pronto socorro. Trata-se de um estudo observacional, com período de doze meses, onde analisamos a idade, sexo, hipótese diagnóstica neurológica e o tratamento fisioterapêutico que foi realizado. Foram atendidos na unidade de emergência nesse período 1619 pacientes, sendo 192 pacientes apresentavam o perfil de emergências neurológicas, apresentando um percentual de 11,85% em relação ao total. Em relação as patologias encontradas nos pacientes adultos 4 foram mais prevalentes, sendo: Acidente Vascular Cerebral Isquemico (50%), Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico (17,7%), Crise Convulsiva (13%) e Traumatismo Cranioencefálico (13%). As abordagens fisioterapêuticas observadas pelo estudo demonstraram um enfoque maior em condutas relacionadas ao sistema respiratório, e uma menor prevalência de atuação voltada ao sistema motor e a mobilização precoce, o que é justificado pelo fato da ocorrência de prioridade em situações de intercorrências que promovem riscos de vida e são comumento prevalentes nesse setor, interferindo diretamente em condutas voltadas para a mobilização precoce.