Perfil glicêmico de caminhoneiros que trafegam por uma capital do nordeste brasileiro

Abstract

Objetivo: Avaliar o perfil glicêmico de caminhoneiros que trafegam por Teresina, Piauí. Métodos: Trata-se de estudo epidemiológico, transversal, mediante entrevistas e tomada de peso, altura, pressão arterial e glicemia capilar. Participaram do estudo 74 caminhoneiros. Os dados foram digitados e analisados com a utilização do software Statistical Package for the Social Sciences versão 17.0. Foram realizadas análises univariadas, por meio de estatísticas descritivas simples e bivariadas, com aplicação do teste Qui-quadrado de Pearson e test t com nível de significância (p<0,05). Resultados: 75,7% da população estudada encontrava-se com glicemia normal e 24,3% apresentaram glicemia acima dos níveis considerados normais com máxima de 490 mg/dL. Observou-se que a expressiva maioria dos caminhoneiros (69%) tem uma alimentação inadequada, apenas 31% referiu consumo alimentar dentro do padrão considerado adequado pelo estudo. O índice de massa corpórea variou de 20 a 38, com média 28,4, demonstrando sobrepeso na população da pesquisa. Conclusão: Há necessidade de uma atenção voltada para a promoção e proteção específica da saúde destes trabalhadores, considerando-se as suas dificuldades de acesso aos serviços de saúde.

Hábitos alimentares e fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis em caminhoneiros de uma cooperativa agropecuária

“…No estado do Piauí, também houve maior frequência de três refeições diárias. (13) Tais divergências entre os estudos podem ser explicadas pelas diferenças relativas ao próprio trabalho e também entre as diferenças sociais e culturais das regiões brasileiras. (3,(11)(12)(13) Ao analisar as informações do QFA observou-se que os participantes consomem diariamente arroz (90%) e feijão (95%).…”

“…(13) Tais divergências entre os estudos podem ser explicadas pelas diferenças relativas ao próprio trabalho e também entre as diferenças sociais e culturais das regiões brasileiras. (3,(11)(12)(13) Ao analisar as informações do QFA observou-se que os participantes consomem diariamente arroz (90%) e feijão (95%). Esses percentuais chamam atenção, pois o consumo diário não foi de 100% para tais alimentos.…”

“…Isso refletiu em 62,5% dos participantes com alimentação inadequada. Esse achado se assemelha a outras pesquisas, onde foi verificada alimentação inadequada em 69% dos motoristas (13) e também baixo consumo e pouca variedade para verduras, legumes e frutas, além do alto consumo de alimentos de alta densidade calórica. (13)(14) Destaca-se ainda, que a percepção de pior capacidade para exercer a profissão estava associada com maior prevalência de comportamentos alimentares de risco à saúde, tais como consumo de bebidas açucaradas industrializadas.…”

“…Esse achado se assemelha a outras pesquisas, onde foi verificada alimentação inadequada em 69% dos motoristas (13) e também baixo consumo e pouca variedade para verduras, legumes e frutas, além do alto consumo de alimentos de alta densidade calórica. (13)(14) Destaca-se ainda, que a percepção de pior capacidade para exercer a profissão estava associada com maior prevalência de comportamentos alimentares de risco à saúde, tais como consumo de bebidas açucaradas industrializadas. (4) Ainda, a composição de alguns alimentos -em sua maioria, pobres em micronutrientes, ricos em gordura, de alta densidade calórica, grande quantidade de açúcar e conservantes -presentes diariamente na dieta dos caminhoneiros pode ocasionar prejuízos na saúde em longo prazo, principalmente na composição corporal e surgimento de doenças metabólicas.…”

“…(2)(3)(4)6,(11)(12)14,(16)(17)(18) Somente um estudo reportou motoristas com IMC acima de 25 kg/m 2 em baixo percentual, com frequência de 22,7%. (13) De maneira similar, a circunferência abdominal também apontou resultado de alta prevalência para risco cardiovascular. A maioria dos caminhoneiros apresentou valores acima dos considerados adequados.…”