A obesidade pediátrica, quando não tratada, tende a gerar diversas complicações que podem se estender até a vida adulta. Seu manejo adequado possibilita bons resultados, proporcionando melhor qualidade de vida aos pacientes. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi investigar as principais terapias nutricionais e farmacológicas utilizadas nessa condição. Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, baseando-se na busca de artigos científicos indexados no PubMed, ScienceDirect e Scielo, utilizando como descritores: obesidade pediátrica, tratamento, sibutramina, orlistate, liraglutida e aleitamento materno, bem como suas traduções para o inglês. Hábitos alimentares saudáveis, associados à prática de exercícios físicos, são consideradas estratégias eficazes de tratamento, até mesmo para casos de obesidade grave, sendo o acompanhamento nutricional bem estruturado indispensável para o sucesso terapêutico. Já os medicamentos antiobesidade são recursos utilizados quando apenas as mudanças no estilo de vida não são suficientes para atingir resultados satisfatórios. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, as possibilidades farmacoterapêuticas mais recomendadas são sibutramina, orlistate e liraglutida. Todavia, esses agentes, apesar de desencadearem efeitos benéficos, podem gerar eventos adversos, sendo necessário realizar o acompanhamento constante dos pacientes. Assim, é de extrema importância que o prescritor faça uma avaliação rigorosa dos riscos e benefícios proporcionados pela farmacoterapia antiobesidade disponível, além de atividades benéficas desenvolvidas por parte da equipe multidisciplinar de saúde pelas melhorias nos hábitos da criança, visando a manutenção dos resultados a longo prazo.