Objetivou-se estimar os intervalos de referência dos parâmetros bioquímicos de ovelhas lactantes nos trópicos. Foram compiladas informações de até 290 ovelhas lactantes no período de 2006 a 2017. Todos os animais eram saudáveis e não passaram por condições de desnutrição forçada. Os animais foram criados em diferentes sistemas de manejo (pasto, confinamento total, semiconfinamento, confinamento coletivo e/ou individual). O perfil bioquímico constituiu informações de colesterol, triglicerídeos, frutosamina, HDL (lipoproteína de alta densidade), VLDL (lipoproteína de muito baixa densidade), proteínas totais, ácido úrico, ureia, albumina, creatinina, cálcio, fósforo e magnésio, AST (aspartato aminotransferase), GGT (gama glutamil transferase) e fosfatase alcalina (FA). Os valores de referência foram estimados através do teste de Dixon, quando paramétrico e por boostrap quando não paramétrico, sendo o intervalo de confiança a 95% de probabilidade. Os intervalos estimados foram 36,3 - 94; 262,22 - 450,66; 7 - 43; 18,6 - 69,4; 1,4 - 8,4; 0,61 - 1,66; 5,4 - 11; 0 - 1,4; 8,4 - 61,5; 1,9 - 3,57 para colesterol, frutosanima, trigligeríceos, HDL, VLDL, creatinina, PT, ácido úrico, ureia e albumina, respectivamente. Para as enzimas e o perfil mineral foram 59 - 160; 37,9 - 127,8; 30 - 190; 8,23 - 12,45; 3,7 - 8,5; 1,7 - 3,8 para AST, GGT, FA, Ca, P, e Mg, respectivamente. Conclui-se que os parâmetros bioquímicos das ovelhas lactantes nos trópicos são discrepantes aos determinados na literatura.